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Edição 14 | Ano 8 | No.1 | 2010.1 REVISTA - Contemporânea - UERJ

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Ed.<strong>14</strong> | Vol.8 | N1 | 2010fronteiras de ordem cultural, climática ou existencial. Desse processo nosdiz Renato de Fusco:Na arquitetura, urbanismo e desenho a unificação e estandardizaçãodos produtos pode alcançar de uma maneira indiscriminadaa usuários de qualquer classe ou número. Parece suceder omesmo; inclusive, à escala dos centros urbanos e das edificações.(...) A quantificação, que alguns consideram como um critériode valor tem sido possível graças aos mesmos métodos tecnológicosque condicionam os meios de comunicação sonora: aindustrialização, a pré-fabricação, a montagem dos elementos,são aspectos comuns tanto na arquitetura e desenho como atodos os demais canais de comunicação. (1970, p. 70).187No que se refere ao caráter internacional desta arquitetura que tratamos,um denominador comum foi encontrado e utilizado para “converter” as culturasde diversos países: o resultado foi a concepção e divulgação de um produtofinal de acordo com as normas de fabricação industrial.Absorvido pelo mercado, o usuário da produção arquitetônica do períododeixa de ser importante enquanto indivíduo. Vira número. Seu habitatjá não é o seu espelho, sua imagem. Ele é parte da vontade coletiva interpretadaà luz dos novos conhecimentos científicos, tecnológicos e, principalmente,mercadológicos. As particularidades desaparecem em função dedeterminações globais. A construção tradicional e a memória coletiva sãocompletamente ignoradas bem como a preocupação com o ambiente específico.Enfim: a tekne vence a poiesis.Ar q u i t e t u r a m o d e r n a e r e a l i d a d e c o l o n i z a d a b r a s i l e i r a“A consciência de ser colonizado dos brasileiros étitubeante, confusa e mal explicada”Ana Mae BarbosaOs movimentos das vanguardas históricas ocorridos na Europa foramcompletamente ignorados no contexto brasileiro até os fins da PrimeiraGuerra Mundial. A manifestação de 1922 (ano escolhido para o evento emhomenagem à independência do Brasil), apesar de se constituir em mais umaatualização com a arte europeia, tinha preocupações paralelas com uma artenacional inspirada na natureza e na cultura brasileira. De acordo com YvesBruand (2003, p. 61), Oswald de Andrade empenhava-se por uma poesia epintura nacionais inspiradas na “paisagem, na luz, na cor, na vida trágica eopulenta do interior do Brasil.” Queria a revolução da modernidade acopladaa um pensamento nacionalista.A “Semana de Arte Moderna de 1922”, entretanto, não impactou o cenárioartístico nacional e no que diz respeito à arquitetura ela não teve maiorsignificado. Em meio aos intelectuais e artistas que a organizaram e delaA arte de construir no Nordeste: um resgate

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