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Edição 14 | Ano 8 | No.1 | 2010.1 REVISTA - Contemporânea - UERJ

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Ed.<strong>14</strong> | Vol.8 | N1 | 2010O arquiteto como indivíduo e como ser social, não pode encarar arealidade sem a consciência nítida da sua posição, quer como indivíduo(complexo psico-biológico) quer como elemento do organismosocial de que faz parte. A cultura é o somatório do conhecimentoe conquistas de ordem física, intelectual, espiritual e moral que oautoriza a conhecer-se a si próprio e a conhecer a sociedade em quese integra. (1981, p. 41).Joaquim Cardoso, engenheiro e poeta, à frente da modernidade pernambucanajuntamente com o arquiteto Luís Nunes com quem compõeequipe combate:[...] representam, na sua força e capacidade de execução, umalinguagem brasileira, essa um pouco áspera, dicção nacional dospreceitos arquitetônicos de origem européia vertidos para as nossaspossibilidades técnicas e industriais, que viria surpreender e confundiralguns críticos estrangeiros mal avisados e, de certo modo,pouco espertos na análise de uma manifestação artística em paístão distante e diverso (2006, p. 83).191Não são só vozes isoladas em Pernambuco, produtos de suburbanos coraçõese mentes. Elas compactuam com uma visão de mundo mais ampla queembasa um pensamento de características universais voltado para uma arquiteturafeita pensando no homem e seu habitat. Vitorio Gregotti, por exemplo,analisa essa arquitetura que harmoniza o moderno e o tradicional em sintoniacom a natureza; Tadao Ando postula no sentido de que as técnicas modernistassejam usadas de modo a atender às exigências locais; Luis Barraganbusca uma forma arquitetônica ligada à uma terra composta por fontes, cursosd’água e saturação de cor; Alvar Aalto, considera a topografia para concebere estruturar suas edificações e Gino Valle reinterpreta a tradição lombarda naItália. (CARMO FILHO, 2005).Discípulo de Delfim Amorim e Acacio Gil Borsoi, contemporâneode alguns arquitetos que adaptaram os princípios modernistas da escolacarioca, inspirada em Corbusier, às condições climáticas e sociais da regiãoNordeste; bem informado das discussões internacionais, nacionais eregionais por uma arquitetura adequada às características locais, Armandode Holanda foi um dos membros da informalmente chamada de EscolaPernambucana de Arquitetura.Escola sim. Assim chamada por partilhar historicamente princípios eensinamentos semelhantes e por ter gerado discípulos. Em sua dissertação demestrado para a Universidade Federal do Rio Grande do Norte, defendidaem 2005, o arquiteto Jairson Jairo do Carmo Filho levantou 45 residênciasna Região Metropolitana de Recife, projetadas por arquitetos entre 1976 e2004, cujos autores afirmam terem sido influenciados pelos ensinamentos deHolanda e os terem aplicado na sua prática arquitetural.A arte de construir no Nordeste: um resgate

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