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Edição 14 | Ano 8 | No.1 | 2010.1 REVISTA - Contemporânea - UERJ

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Ed.<strong>14</strong> | Vol.8 | N1 | 2010Ar m a n d o d e Ho l a n d a: a a r t e d e c o n s t r u i r n o No r d e s t e“Arquitetura como um lugar ameno nos trópicos ensolarados”Armando de HolandaArmando de Holanda inicia sua pequena publicação ligada ao programade Pós- Graduação em Desenvolvimento Urbano da UFPE, editada em 1976,com um poema de outro pernambucano, João Cabral de Melo Neto, que traduzsuas preocupações em relação à produção arquitetônica contemporânea:A arquitetura como construir portas de abrir; ou como construir oaberto; construir, não como ilhar e prender, nem construir comofechar secretos; construir portas abertas, em portas; casas exclusivamenteportas e tectos. O arquiteto; o que abre para o homem (tudose sanearia desde casas abertas) portas por-onde, jamais portas-contra;por onde, livres: ar luz razão certa (apud HOLANDA, 1976).192Uma vida breve: faleceu em 1979, apenas três anos depois da publicaçãode seu único livro, Armando de Holanda terminou o curso de arquitetura em1963 na Universidade Federal de Pernambuco. Logo em seguida, partiu paraBrasília onde foi aluno de mestrado da UNB, coordenado então por OscarNiemeyer e, após uma especialização na Holanda, retorna a Recife onde passaa lecionar no Curso de Arquitetura da universidade onde se graduou.Sua produção arquitetônica, apesar de reduzida, estabelece uma relaçãoestreita com o planejamento de necessidades e formulação de alternativas emque o homem-usuário é o centro do ambiente, ou seja, o foco principal do problemaa ser resolvido enquanto necessidades e níveis de satisfação a serem atendidas.A problematização, análise,diagnósticos e definições de soluções queenfocam o homem e seu habitat fazem parte da teoria por ele aplicada em salade aula – que depois é resumida no pequeno roteiro que se torna uma espéciede manual a consultar para as gerações de arquitetos que o sucedem.Na visão de Holanda, o resultado pretendido se fundamenta na pesquisahistórica, na utilização correta dos materiais locais e no aproveitamento dascondições ambientais físicas e sociais.Após a ruptura da tradição luso-brasileira de construir, ocorridano século passado e que trouxe prejuízos ao edifício, enquanto instrumentode amenização dos trópicos,de correção de seus extremosclimáticos, não foi desenvolvido, até hoje,um conjunto de técnicasque permitam projetar e construir tendo em vista tal desempenhoda edificação (1976, p. 9)Toda uma geração de arquitetos brasileiros ignorou os processos históricosda arquitetura feita no Brasil antes dos meados do século XX. Já a partir de1808, começam as medidas da classe dominante para tirar o caráter tradicionalda arquitetura brasileira e assumir um caráter europeu. Negação das raízes.Negação que o “Estilo Internacional” e uma arquitetura enquanto veículo voltadopara as massas vai consolidar.A arte de construir no Nordeste: um resgate

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