Psicologia e diversidade sexual: desafios para uma sociedade de ...
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constituição <strong>de</strong> serviços <strong>de</strong> referência habilitados a prestar atençãointegral e h<strong>uma</strong>nizada a transexuais não se restringe apenas à cirurgia <strong>de</strong>transgenitalização e <strong>de</strong>mais intervenções somáticas, mas também <strong>de</strong>fineque o mal-estar e o sentimento <strong>de</strong> inadaptação por referência ao sexoanatômico do tran<strong>sexual</strong> <strong>de</strong>vem ser abordados <strong>de</strong>ntro da integralida<strong>de</strong>da atenção à saú<strong>de</strong> preconizada e a ser prestada pelo SUS, sendonecessário o estabelecimento das bases <strong>para</strong> indicações, organizaçãoda re<strong>de</strong> assistencial, regulação do acesso, controle, avaliação e auditoriado processo tran<strong>sexual</strong>izador. Portanto, <strong>de</strong>termina a organização e aimplantação <strong>de</strong> ações que permitam no âmbito do SUS <strong>uma</strong> assistênciacomprometida com seus princípios, além <strong>de</strong> <strong>de</strong>finir os critériosmínimos <strong>para</strong> o funcionamento dos serviços e a regulamentação dosprocedimentos <strong>de</strong> transgenitalização.Consecutivamente, foi publicada a Portaria 457 da Secretaria <strong>de</strong>Assistência <strong>de</strong> Saú<strong>de</strong> <strong>de</strong> 2008, que regulamenta e normatiza as diretrizespropostas pela portaria mencionada, a fim <strong>de</strong> garantir a equida<strong>de</strong> doacesso e as boas práticas assistenciais às pessoas transexuais. Segundoesse documento, quatro hospitais universitários – Hospital <strong>de</strong>Clínicas <strong>de</strong> Porto Alegre (UFRGS), Hospital Universitário Pedro Ernesto(Uerj), Hospital das Clínicas da Faculda<strong>de</strong> <strong>de</strong> Medicina da USP e Hospitaldas Clínicas da Universida<strong>de</strong> Fe<strong>de</strong>ral <strong>de</strong> Goiás – foram habilitadosa realizar a cirurgia <strong>de</strong> transgenitalização em transexuais pelo SUS,sendo <strong>de</strong>finidos como Unida<strong>de</strong>s <strong>de</strong> Atenção Especializada no ProcessoTran<strong>sexual</strong>izador. Des<strong>de</strong> então, tais instituições passaram a dispor <strong>de</strong>financiamento governamental <strong>para</strong> realizar procedimentos clínicos ecirúrgicos específicos – <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que cumpridos os critérios estabelecidos,entre os quais <strong>de</strong>staca-se a obrigatorieda<strong>de</strong> <strong>de</strong> existência <strong>de</strong> <strong>uma</strong>equipe mínima composta por médico especialista em cirurgia urológica,anestesista, enfermagem (enfermeiro coor<strong>de</strong>nador e enfermeiros,técnicos <strong>de</strong> enfermagem e auxiliares <strong>de</strong> enfermagem), psiquiatra,endocrinologista, psicólogo e assistente social. Vale ressaltar que nãoficou vedado a outros hospitais que assistem transexuais realizar acirurgia <strong>de</strong> transgenitalização, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> que seguidos os critérios <strong>de</strong>finidospelo CFM, contudo essas instituições não contam com o financiamento<strong>de</strong> tais procedimentos, sendo necessário utilizar recursos próprios.159