12.07.2015 Views

Psicologia e diversidade sexual: desafios para uma sociedade de ...

Psicologia e diversidade sexual: desafios para uma sociedade de ...

Psicologia e diversidade sexual: desafios para uma sociedade de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

todos os <strong>de</strong>bates que eu proponho sobre Gênero e Sexualida<strong>de</strong>. Eu <strong>de</strong>fendoa interdisciplinarida<strong>de</strong>, não tenho dúvida quanto a isso, mas eu acho quea gente precisa convidar, a todo momento, a <strong>Psicologia</strong> <strong>para</strong> participar<strong>de</strong> forma mais intensa das questões ligadas a Gênero e Sexualida<strong>de</strong>. AAnpepp é um lugar específico da <strong>Psicologia</strong>, mas nós vamos ao SeminárioInternacional Fazendo Gênero e montamos um GT que tenha o nome<strong>Psicologia</strong> <strong>para</strong> <strong>de</strong> fato chamar as pessoas. E assim vai. Eu acho que ela temrazão, e, como o convite é bem específico, eu acho que ele tem um tom.Eu compartilho com a Cecília Coimbra e a Maria Livia Nascimentoquando, apoiadas no Foucault, elas dizem que “não há saber neutro:todo saber é político” (Coimbra e Nascimento, 2001, p. 246). É precisoque os psicólogos e as psicólogas se posicionem sobre temas que, atébem pouco tempo, não frequentavam as nossas agendas.Eu fiquei pensando que psicólogos são esses que estão discutindoesse tema. Acho que somos cada vez mais, mas ainda somos poucos. Essainiciativa do Encontro é absolutamente maravilhosa no sentido <strong>de</strong> atrairo interesse <strong>de</strong> mais gente <strong>para</strong> esse tema.Passei dias pensando no tom que eu gostaria <strong>de</strong> dar à minha fala,tentando eleger temas <strong>para</strong> abordar. Fui visitar o Abecedário <strong>de</strong> Deleuze<strong>para</strong> tentar me inspirar e, logo no início do texto, <strong>de</strong>parei-me com aseguinte colocação: “<strong>uma</strong> aula quer dizer momento <strong>de</strong> inspiração, senãonão quer dizer nada” (p. 70). Pretensioso, quente, <strong>de</strong>safiador. Junto aisso, o que ele diz em Diferença e Repetição: “só se pensa quando se éforçado”. Então, nós fazemos aqui esse exercício.Suely Rolnik (1993) afirma que, <strong>para</strong> os geógrafos, a cartografia é um<strong>de</strong>senho que acompanha e é feito no mesmo tempo dos movimentos<strong>de</strong> transformação da paisagem. Nessa perspectiva, a autora diz que aspaisagens psicossociais também são cartografáveis, e que a cartografia,nesse caso, acompanha o <strong>de</strong>smanchamento <strong>de</strong> certos mundos e aformação <strong>de</strong> outros.Vou me permitir costurar perspectivas, visitar autores mais emenos comuns da discussão na <strong>Psicologia</strong>. Vou tentar conectar, emmeu percurso, três eixos: Democracia e Direitos Sexuais; I<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong>,Diversida<strong>de</strong> e Diferença; e intervenções da <strong>Psicologia</strong> nas questões<strong>de</strong> Gênero e Sexualida<strong>de</strong>. E quero companhia <strong>para</strong> me aventurarnessa cartografia.14

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!