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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE - Cstr.ufcg.edu.br

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35Em maio de 2009, foi de 13820 e 8560 kg . ha -1 sob a copa da jurema preta com e semacúleos, respectivamente. Em 2010, foi de 1350 e 1700 kg . ha -1 e, em 2011, atingiu 6830 e6455 kg . ha -1 , respectivamente (Tabela 2). Na base seca, o total foi similar sob a copa dajurema preta com e sem acúleos em cada ano e diferiu entre anos, atingindo um mínimo em2010, proporcional à precipitação daquele ano, que ficou abaixo da média da região (Tabela1). Porém, a recuperação no ano seguinte não foi a esperada para a precipitação verificada em2011, que atingiu valor próximo à média histórica, sugerindo que a produção forrageiraherbácea tendeu a decrescer ao longo do tempo nas parcelas com jurema preta, enquanto ocontrário aconteceu nas parcelas testemunhas.Além disto, tendo em vista que a produção nas parcelas com jurema preta, apesar deinicialmente (2009) maior, tendeu a ser inferior do que a das parcelas testemunhas em 2010 e2011 (Tabela 2), provavelmente, outros fatores, além da precipitação, estejam afetando aprodução de biomassa do estrato herbáceo. As condições ambientais nas parcelas testemunhasprogrediram ao ponto de, no ano de poucas chuvas (2010), a produção herbácea serproporcionalmente menos prejudicada do que nas parcelas com jurema preta. No ano seguinte(2011), de chuvas em torno da média da região, a produção nas parcelas testemunhas superoua de 2009, sugerindo melhoras significativas nestas parcelas. Nas parcelas com jurema preta,no ano de poucas chuvas (2010), a produção herbácea foi proporcionalmente mais prejudicadado que nas parcelas testemunhas e, no ano seguinte (2011), a produção nas parcelas comjurema preta não superou a de 2009, sugerindo condições ambientais desfavoráveis para ocrescimento das espécies herbáceas, provenientes de fatores tais como a liberação desubstâncias alelopáticas pela jurema preta ou o som<strong>br</strong>eamento excessivo provocado pelas suascopas. Mendes e Oliveira (2011) observaram mesma tendência de diminuição em regiãosemiárida na Índia após um, três e cinco anos de abandono de uso agrícola e encapoeiramento.Em Caatinga não alterada ou raleada, ou em capoeiras secundárias, a produção anualmédia de biomassa é de 4000 kg . ha -1 , podendo variar bastante, dependendo da precipitação,da fertilidade do solo, dentre outros fatores (ARAÚJO FILHO et al., 1987; SCHACHT, 1987apud ARAÚJO FILHO, 2002; ARAÚJO FILHO; CRISPIM, 2002; PEREIRA FILHO et al.,2007; LUNA et al., 2010; MEN<strong>DE</strong>S; OLIVEIRA, 2011; PALÁCIO, 2011). Araújo et al.(1995) estimam que apenas 10% (400 kg . ha -1 ) do total de biomassa produzida na Caatingasão efetivamente consumidos pelos animais, pois parte fica inacessível e parte é incorporadaàs estruturas dos indivíduos arbóreos. Estes dados explicam a tradição da retirada docomponente arbóreo do sistema de produção pecuário na Caatinga, para beneficiar a produçãode biomassa herbácea e a disponibilidade de forragem.

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