47dos valores ótimos de densidade do solo naquela área foi atingida entre 8 e 13 anos após ocorte raso. A comparação destes valores com os obtidos no presente estudo (Tabelas 4 e 5)fica prejudicada pelas diferenças no tipo de solo (Plintossolo em Gomes e Alves, 2010, eLuvissolo nas áreas do presente estudo), porém o interessante é a similaridade nas tendênciasde diminuição na densidade do solo com a recuperação da vegetação observada nas duassituações.4.2 Experimento II – Favela4.2.1 So<strong>br</strong>evivênciaEm julho de 2011, foram observados valores distintos de so<strong>br</strong>evivência entre osfenótipos de favela com (90%) e sem (63%) espinhos. Estes valores são inferiores aosobservados para a jurema preta plantada nas mesmas condições. Além disto, ao contrário doobservado para a jurema preta, foi a favela inerme que apresentou menor so<strong>br</strong>evivência.Esta possibilidade já se anunciava na fase de viveiro e de plantio no campo, quando ocomprimento médio inicial das mudas levadas para o campo foi inferior para o fenótipoinerme. É possível que tenha sido causado pela depressão endogâmica destes indivíduos,como ressaltou Clement (1997), para a pupunha sem espinhos. Neste raciocínio, isto sugere oenvolvimento de um maior número de pares de alelos recessivos na expressão do caráterinerme da favela se comparado ao número correspondente na jurema preta, pois nesta adepressão endogâmica não se manifestou na so<strong>br</strong>evivência dos indivíduos sem acúleos.4.2.2 Comprimento e diâmetro basalAs mudas de favela com e sem espinhos apresentaram diferença em seucomprimento inicial, com médias de 24,5 cm/planta, para o fenótipo com espinho e de 16,9cm/planta para o inerme. No entanto, não houve diferença nas médias iniciais de diâmetrobasal, que foram de 7,2 e 7,5 mm/planta, respectivamente, para os fenótipos com e semespinhos. A diferença no comprimento sugeriu, desde o início, a maior fragilidade davariedade inerme, o que se confirmou com a baixa so<strong>br</strong>evivência no campo dos indivíduossem espinhos acima citada.
Comprimento (cm)Diâmetro (mm)48O comprimento e o diâmetro basal da favela com e sem espinhos aumentaram emfunção da idade (meses em campo), de acordo com modelos lineares simples diferenciadospara os dois fenótipos (Figura 5a e b).Os modelos observados no comprimento e diâmetro basal sugerem odesenvolvimento da favela de maneira contínua nos primeiros 30 meses após o plantio, a umataxa mensal 5,42 cm/planta e 2,46 cm/planta, para o comprimento de plantas com e semespinhos, respectivamente, e de 0,91 mm/planta e 0,48 mm/planta para o diâmetro basal deplantas com e sem espinhos, respectivamente. Porém, observa-se a descontinuidade docrescimento durante o período seco dos anos, semelhantemente ao que foi observado para ajurema preta, o que poderia ter sido contemplado com modelos mais complexos. No entanto,o poder explicativo do modelo linear não foi inferior ao do modelo quadrático ou cúbico aoponto de justificar a adoção de modelos mais complexos, e ,por esta razão, optou-se pelasimplicidade de uma relação expressa por uma reta.Figura 5 – Curvas e modelos de regressão relacionando o comprimento (a) e diâmetro basal(b) da favela com (+) e sem (x) espinhos, entre fevereiro de 2009 e julho de 2012,plantadas em área degradada de Caatinga, na fazenda NUPEÁRIDO, Patos (PB),Brasil240200160y = 5,418x + 39,887r²ajust = 0,6871a4030y = 0,912x + 10,159r²ajust = 0,7069b1202080400y = 2,465x + 31,688r²ajust = 0,2777100y = 0,480x + 11,226r²ajust = 0,25250 6 12 18 24 300 6 12 18 24 30Fonte – Nunes (2012)Idade (meses)Idade (meses)Os baixos valores para os coeficientes de determinação (r 2 ajust < 0,28) associadosaos modelos de regressão do comprimento e diâmetro basal para o fenótipo inerme indicamque, além de menor crescimento, a variabilidade entre os indivíduos sem espinhos é maior doque aquela verificada entre os indivíduos com espinho. Esta maior variação pode ser usadanum eventual programa de melhoramento, pois os ganhos genéticos provenientes de uma
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