RIO DE CERVEJA por GIL LEBRE UMA RUA CHAMADA CERVEJA Foto: Eduardo Tayer
O Rio de Janeiro continua lindo. E a Praça da Bandeira continua sendo uma boa opção em diversão. Esqueçamos um pouco o trânsito caótico do bairro e os problemas com alagamento em dias de chuva, que infelizmente atrapalham os comerciantes e moradores da região. E deixemos um pouco de lado a Rua Ceará, famoso endereço que atrai desde o público fã do Rock underground, até os que visitam a Vila Mimosa, famosa zona de meretrício da cidade. Imaginemos então a Praça da Bandeira como um grande coração que bombeia os boêmios que frequentam a região. E não é feito de sangue o líquido bombeado, mas de cerveja, e cerveja do tipo artesanal! Esse nobre líquido passa pela artéria que é a Rua Barão de Iguatemi - o polo cervejeiro da Praça da Bandeira. O circuito começa no número 205, no Botto Bar, conhecido como o melhor chope do Rio. Das 20 torneiras saem cervejas de várias nacionalidades, sempre com qualidade ímpar, graças a higienização que a casa tanto presa. Mas são as cervejas ciganas que ocupam o orgulhoso coração de Leonardo Botto, proprietário da casa. Principalmente se forem as produzidas por ex-alunos formados em seus cursos de produção de cerveja caseira. Noi Avena e Noi Amara, de Niterói-RJ, são algumas receitas criadas pelo Botto, sempre plugadas nas torneiras do bar. Continuando pela mesma calçada até o 379, está o Aconchego Carioca, que dispensa apresentações. Com filiais no Leblon e até em São Paulo, é de sua autoria um dos petiscos de boteco mais copiados do <strong>Brasil</strong>, o bolinho de feijoada. O “Aconcha”, carinhosamente apelidado, foi um dos primeiros a comercializar cerveja artesanal no Rio e hoje possui até rótulo próprio: Electra, cerveja do estilo Vienna Lager, fabricada pela Cervejaria Bamberg, de Votorantim-SP. ‘‘ Em frente ao “Aconcha”, do outro lado da rua, fica o Bar da Frente. O número 388 ficou famoso após ganhar a edição 2<strong>01</strong>4 do Comida di Buteco, com o petisco Porquinho de Quimono. O bar só comercializa, orgulhosamente, cervejas artesanais brasileiras. Em 2<strong>01</strong>6 vêm duas novidades: serviço de entregas à domicílio e carta de cervejas, que foi toda reformulada. Procure pelas simpáticas Valéria e Mariana - as donas e, respectivamente, mãe e filha - e diga que o Gil recomendou: sanduíche Malandrinho harmonizado com Rubine, cerveja Bock fabricada pela Therezópolis-RJ. Encerrando a tour, um pouco mais adiante e na mesma calçada, fica o Dida Bar, antigo Tempero da Praça. O bar do número 408 mudou de administração ano passado, mas continua o trabalho de bom anfitrião ao receber os membros da ACervA Carioca - Associação de Cervejeiros Artesanais. Lá eles se encontram na “terça-sim”, confraternização quinzenal dos cervejeiros caseiros Imaginemos então a Praça da Bandeira como um grande coração que bombeia os boêmios que frequentam a região. E não é feito de sangue o líquido bombeado, mas de cerveja, e cerveja do tipo artesanal! Esse nobre líquido passa pela artéria que é a Rua Barão de Iguatemi - o polo cervejeiro da Praça da Bandeira. <strong>Revista</strong> <strong>Beer</strong> <strong>Brasil</strong> 33