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Marketing 3.0 - Phillip Kotler

Disponibilização do livro Marketing 3.0, do ilustre autor Phillip KOTLER (a maior autoridade já premiada do Marketing mundial). 100% Gratuito.

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(Brasil, Rússia, Índia e China), a Goldman Sachs inclui o conceito de<br />

preocupação social, ambiental e de governança semelhante àquele do BSMI.<br />

Além disso, a lista também contém uma análise de setores emergentes,<br />

como energia alternativa, tecnologia ambiental, biotecnologia e nutrição,<br />

assim como as práticas nesses setores.<br />

Em suma, esses índices acompanham o modelo do tripple bottom line, ou seja, o<br />

desempenho de uma empresa em relação aos três Ps, (Profit, Planet e People), ou seja,<br />

aos lucros, ao planeta e às pessoas. Eles medem o impacto econômico, ambiental e social<br />

da empresa na sociedade. David Blood, porém, criticou esses índices porque eles não<br />

reconhecem que as práticas de sustentabilidade fazem parte da estratégia empresarial. 27<br />

No desenvolvimento dos índices, a equipe que realiza pesquisas sobre sustentabilidade<br />

normalmente é diferente daquela que realiza pesquisas sobre estratégia e planejamento.<br />

Portanto, a ligação entre sustentabilidade e estratégia às vezes é ignorada.<br />

ESTRATÉGIA DE MARKETING VISIONÁRIA<br />

Segundo Willard, existem três motivos principais que levam as empresas a optar por<br />

trilhar o caminho das práticas de negócios sustentáveis. 28 Um deles é a paixão pessoal<br />

dos fundadores. Alguns exemplos seriam Ben Cohen e Jerry Greenfield, da Ben &<br />

Jerry’s, Anita e Gordon Roddick, da The Body Shop, e Yvon Chouinard, da Patagonia.<br />

Um segundo motivo são crises de relações públicas sofridas por uma empresa como<br />

resultado de uma reação ou movimento ativista. A DuPont é um exemplo de empresa<br />

cujas atuais práticas de sustentabilidade foram estimuladas por uma crise de relações<br />

públicas. Por fim, as empresas podem optar por adotar práticas de sustentabilidade<br />

devido a pressões regulatórias. Algumas das práticas da Nike e da Chevron nos países<br />

em desenvolvimento estavam sob escrutínio dos órgãos de regulamentação.<br />

Esses motivos, porém, não garantem sustentabilidade contínua. Os fundadores não<br />

podem manter as práticas de negócios de sua empresa depois que ela é vendida. Em<br />

geral, a mitigação de uma crise de relações públicas e a pressão regulatória não<br />

representam solução de longo prazo. Para ser de longo prazo, a sustentabilidade precisa<br />

fazer parte da estratégia da empresa, que surge de sua missão, visão e valores. Os<br />

executivos precisam ver a sustentabilidade como uma fonte de vantagem competitiva que<br />

definirá a empresa, independentemente da concorrência. Isso será essencial para o<br />

marketing da visão corporativa junto aos acionistas.<br />

O marketing junto aos acionistas exige uma abordagem diferente do marketing junto<br />

aos consumidores, empregados ou parceiros de canal. Ao contrário dos consumidores,<br />

os acionistas não se impressionam com histórias de marcas convincentes. Eles também<br />

não são empregados que têm uma forte ligação com a cultura corporativa. A principal<br />

preocupação dos acionistas é obter retorno de seu investimento. Contudo, são aqueles<br />

responsáveis por preservar a sustentabilidade de uma empresa. São as pessoas e<br />

organizações que monitoram o desempenho dos negócios e verificam se os executivos da<br />

empresa estão trabalhando corretamente.

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