eleicoes_gerais_2018_orientacao_candidatos_eleitores
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Eleições Gerais <strong>2018</strong> – orientação a <strong>candidatos</strong> e <strong>eleitores</strong><br />
sula de barreira (1,5% do eleitorado nacional) poderão mudar de partido sem<br />
perder o mandato, não sendo essa mudança computada para efeito da divisão<br />
do fundo partidário ou tempo de rádio e televisão, como consta do § 5º do art.<br />
17 da Constituição, conforme redação da E.C. 97/2017.<br />
Frente a essa nova realidade, a sintonia com as ideias, programas,<br />
estatuto e doutrina do partido escolhido é fundamental, tanto na campanha<br />
quanto no exercício do mandato. Isso traduz a fidelidade aos princípios<br />
programáticos. O candidato que não agir em sintonia com as propostas<br />
partidárias dificilmente terá, por exemplo, o mesmo volume de recursos<br />
do fundo eleitoral a ser destinado aos demais <strong>candidatos</strong> que ajam em<br />
harmonia com as diretrizes partidárias.<br />
A campanha possui várias etapas. A primeira fase, que se inicia antes<br />
mesmo da convenção partidária, consiste na montagem das alianças<br />
prioritárias, na construção das propostas e do discurso de sustentação, na<br />
definição das bandeiras e dos compromissos temáticos, profissionais, locais<br />
ou regionais, partidários e ideológicos que nortearão a campanha, bem como<br />
na estratégia de arrecadação de recursos para a campanha, especialmente<br />
o financiamento coletivo, via internet, conhecido como crowdfunding.<br />
Trata-se do momento de avaliar os pontos fortes e fracos dos possíveis<br />
<strong>candidatos</strong>, estudar as estratégias de seus principais adversários, e<br />
também de identificar os segmentos que serão priorizados (classes sociais<br />
e categorias profissionais) com o mapeamento dos <strong>eleitores</strong> potenciais,<br />
daqueles que podem vir a votar e daqueles que jamais votarão, para deixar<br />
de lado estes e investir naqueles. A segmentação da campanha maximiza<br />
os resultados, principalmente nas eleições proporcionais, que dependem<br />
de menos votos para eleger representantes.<br />
Este é o momento de se obter as respostas para as seguintes perguntas:<br />
a) quantos votos necessito para me eleger? b) qual o potencial<br />
de votos de minha candidatura? c) quantos votos posso com certeza<br />
contar? d) quem são meus principais concorrentes dentro do partido e<br />
como posso me diferenciar deles? e) quem são meus principais concorrentes<br />
fora do partido e qual a melhor forma de disputar votos com eles?<br />
f) qual o potencial de votos de meus principais concorrentes no partido<br />
ou coligação e como proceder para garantir vaga? g) quantos votos me<br />
faltam? Como há uma quebra enorme de votos nas estimativas, sempre<br />
subestime as respostas às questões b e c, e superestime as respostas aos<br />
quesitos a e g. Assim, o candidato partirá de um patamar mais realista<br />
e estará menos sujeito a surpresas desagradáveis.<br />
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