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edição de 27 de agosto de 2018

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DIGITAL<br />

“Estamos preocupados porque<br />

a publicida<strong>de</strong> online está chata”<br />

André Freitas, business <strong>de</strong>velopment da Cazamba, fala que os formatos<br />

<strong>de</strong> banner do IAB são limitados e os criativos <strong>de</strong>vem se envolver mais<br />

KELLY DORES<br />

Com mais <strong>de</strong> sete mil sites<br />

parceiros, a Cazamba está<br />

posicionada como a quarta<br />

adnetwork do país (atrás do<br />

Google, Yahoo e UOL) em audiência,<br />

com cerca <strong>de</strong> 30 milhões<br />

<strong>de</strong> usuários únicos, <strong>de</strong><br />

acordo com dados da própria<br />

empresa. Mas mais do que isso,<br />

segundo o sócio e business<br />

<strong>de</strong>velopment André Freitas, a<br />

Cazamba é hoje uma companhia<br />

<strong>de</strong> mídia e tecnologia. “O<br />

nosso objetivo é veicular uma<br />

mídia diferente”, <strong>de</strong>staca o<br />

executivo.<br />

O negócio da Cazamba é<br />

ven<strong>de</strong>r formatos customizados<br />

e <strong>de</strong> alto impacto no digital,<br />

para possibilitar mais interação<br />

das marcas com seus<br />

públicos. “Nossa premissa é<br />

fazer um formato <strong>de</strong> anúncio<br />

para que as marcas tenham<br />

uma interação mais legal com<br />

os usuários, além dos banners<br />

quadrados”, diz Freitas.<br />

De acordo com ele, várias<br />

montadoras trabalham com a<br />

Cazamba por causa da flexibilida<strong>de</strong><br />

nos formatos das campanhas.<br />

“A gente coloca o carro<br />

para girar, o usuário consegue<br />

trocar <strong>de</strong> acessório, trocar <strong>de</strong><br />

cor, <strong>de</strong> roda. Mostramos tudo<br />

o que tem no painel do veículo,<br />

que também acen<strong>de</strong>, por<br />

exemplo”, <strong>de</strong>staca.<br />

Freitas conta que para o<br />

Spotify, eles sugeriram colocar<br />

música <strong>de</strong>ntro da propaganda.<br />

“Eles gostaram tanto do resultado<br />

do nosso trabalho que<br />

criaram junto com a gente um<br />

formato para a nossa re<strong>de</strong>”.<br />

Ele explica que a Cazamba<br />

não cria campanhas, mas sim<br />

formatos <strong>de</strong> anúncios diferentes<br />

e customizados <strong>de</strong> acordo<br />

com as necessida<strong>de</strong>s das marcas<br />

para o ambiente digital.<br />

Ele consi<strong>de</strong>ra que o mercado<br />

<strong>de</strong> publicida<strong>de</strong> digital está<br />

muito amarrado aos formatos<br />

do IAB (Interactive Advertising<br />

Bureau). Para Freitas,<br />

André Freitas: “Temos medo <strong>de</strong> estarem matando a criativida<strong>de</strong> online”<br />

é cada vez mais importante<br />

que os criativos das agências<br />

participem das reuniões, dos<br />

briefings das campanhas, para<br />

que a criação das peças chame<br />

a atenção do público.<br />

“Estamos preocupados,<br />

porque a publicida<strong>de</strong> digital<br />

está muito chata. O banner<br />

IAB é limitado. A gente não<br />

consegue fazer gran<strong>de</strong>s coisas<br />

criativas, <strong>de</strong> impacto. Temos<br />

muito medo disso, <strong>de</strong> estarem<br />

matando a criativida<strong>de</strong> online.<br />

A gente sempre apostou<br />

que os criativos estejam em<br />

volta das campanhas, estamos<br />

cada vez mais pleiteando<br />

que as pessoas criativas estejam<br />

mais envolvidas na campanha”,<br />

ressalta.<br />

ROBOTIZAÇÃO<br />

A Cazamba começou a enxergar<br />

também que a mídia<br />

programática está cada vez<br />

mais robotizando o processo.<br />

“Nós fazemos mídia programática,<br />

mas acho que somos a<br />

única empresa do mundo que<br />

“A gente colocA<br />

o cArro pArA<br />

girAr, o usuário<br />

consegue trocAr<br />

<strong>de</strong> Acessório, <strong>de</strong><br />

cor ou <strong>de</strong> rodA”<br />

trabalha formatos não padrão<br />

na mídia programática. O nosso<br />

medo é que cada vez mais<br />

os filtros e a automatização<br />

da coisa acabem enforcando a<br />

criativida<strong>de</strong>. Acho que, às vezes,<br />

só o ví<strong>de</strong>o não resolve. Às<br />

vezes, o cliente quer fazer uma<br />

votação, virar o carro. Temos<br />

Divulgação<br />

um cliente para quem estamos<br />

montando um sistema completo<br />

<strong>de</strong> votação online”, conta.<br />

Para driblar o ano difícil,<br />

Freitas <strong>de</strong>staca que a Cazamba<br />

começou a procurar marcas<br />

<strong>de</strong> médio porte para tentar<br />

levá-las para o mundo digital.<br />

“Com a Copa do Mundo, as<br />

marcas que não participaram<br />

do evento retraíram seus investimentos.<br />

Com as eleições,<br />

o governo tem <strong>de</strong> parar <strong>de</strong> gastar<br />

antes. Temos muitos clientes<br />

do governo, como Caixa,<br />

Ministério da Saú<strong>de</strong>, Petrobras<br />

e Banco do Brasil. Eles <strong>de</strong>saceleram<br />

muito”.<br />

Outro viés forte da Cazamba<br />

é a segmentação da publicida<strong>de</strong>.<br />

“I<strong>de</strong>ntificamos que<br />

se ven<strong>de</strong>ssemos baseados em<br />

segmentação não encheríamos<br />

o saco dos usuários, como<br />

ven<strong>de</strong>r perfumes femininos só<br />

para mulheres. A gente começou<br />

a se aprofundar muito nessa<br />

questão da segmentação”,<br />

conta Freitas, que tem como<br />

sócio Victor Canô.<br />

34 <strong>27</strong> <strong>de</strong> <strong>agosto</strong> <strong>de</strong> <strong>2018</strong> - jornal propmark

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