Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
Colaboração Centro CESVIMAP<br />
www.cesvimap.com<br />
A resposta é complexa, já queexistem<br />
múltiplos fatores com influênciasubstancial<br />
no consumo de materiaisde<br />
pintura na oficina.<br />
Faturação na área de pintura<br />
A faturação na área de pinturacentra-se,<br />
principalmente, na mão<br />
deobra, com os 43% restantes a serem<br />
da responsabilidade dos materiaisde<br />
pintura. Podemos observar<br />
uma tendência deaumento nas despesas<br />
com materiaisde pintura face à<br />
análise realizada emanos anteriores.<br />
Já a faturação por materiaisde pintura,<br />
deve-se, principalmente, aosprodutos<br />
de acabamento. Somente a cor<br />
representa já 61% do total. Esta percentagem<br />
provém dopreço elevado<br />
destes produtos depintura, pelo que<br />
qualquer errona realização <strong>das</strong> misturas<br />
ou, simplesmente, um excesso<br />
na quantidade de tinta preparada,<br />
pode prejudicar,significativamente,<br />
a margem de lucronesta área.<br />
No processo de pintura de veículos,<br />
arealização <strong>das</strong> misturas é um pontochave.<br />
No entanto, qual é o motivo<br />
paraaumentar a quantidade de tintapara<br />
um determinado trabalho?<br />
Será apenasuma questão do pintor<br />
no momento derealizar a mistura<br />
de cor?<br />
Rentabilidade na área de<br />
pintura: aspetos chave<br />
Conseguir um ótimo nível de rentabilidadena<br />
área de pintura depende de<br />
REPARAção MÉDIA TIPO (2018)<br />
Valor € % horas<br />
Total 925,37 100 9,33<br />
Peça de substituição 471,96 51<br />
Materiais de pintura 116,98 13<br />
Mão de obra (M.O.): 336,26 36<br />
l M.O. chapa/mecânica 181,79 19,6 5,05<br />
l M.O. pintura 154,47 16,7 4,28<br />
Mão de obra<br />
36%<br />
Materiais<br />
de pintura<br />
13%<br />
váriosfatores, como as instalações (estufase<br />
planos), o equipamento (equipamentosde<br />
secagem por raios infravermelhos),<br />
osmateriais disponíveis,<br />
os fluxos de trabalhoestabelecidos, os<br />
conhecimentos e ascapacidades dos<br />
pintores, entre outros.<br />
FATURAção<br />
Peça de<br />
substituição<br />
51%<br />
Neste cenário, devemos considerarcomo<br />
são realizados os trabalhos.<br />
Na áreade pintura, tudo tem de ser<br />
realizado deforma minuciosa e com<br />
detalhe, pensandoem aplicar a quantidade<br />
de materiais adequada.Isto é<br />
válido tanto para os trabalhos dereposição<br />
e preparação de fundos, pelo<br />
tempo despendido no lixamento,<br />
como paraos de reposição da cor, nos<br />
quais ospintores devem dominar na<br />
perfeição astécnicas de esbatimento.<br />
Um dos fatores determinantes, como<br />
vimos, é a realização de misturas e o<br />
cálculo da quantidade de tinta necessária<br />
de acordo com os danosa pintar.<br />
Geralmente, é preparada umaquantidade<br />
maior do que a necessária por<br />
receio de que o material não seja suficiente<br />
e a tinta excedente, por vezes,<br />
é guardada para ser utilizada como<br />
ajuda no revestimento dos fundos<br />
(opção pouco recomendável, além de<br />
infrutífera), caso contrário torna-se<br />
num resíduo, cuja gestão é dispendiosa<br />
para a oficina.<br />
O pintor deve dispor de referênciasfiáveis<br />
no momento de realizar as<br />
misturas.Estas referências podem ser<br />
obti<strong>das</strong> a partir<strong>das</strong> avaliações dos trabalhos<br />
de pintura,através de software<br />
proporcionado pelosfabricantes de<br />
tinta ou através deferramentas, como<br />
o Programa “Controloe tempos de<br />
materiais de pintura daCESVIMAP.<br />
Por outro lado, to<strong>das</strong> as incidênciasocorri<strong>das</strong><br />
na oficina, que impliquem<br />
arealização de novas misturas<br />
de tinta,devem ser regista<strong>das</strong> em conjunto<br />
com as respetivas causas.Manter<br />
um registo dos trabalhosrepetidos<br />
e incidências que implicamnovas misturas<br />
de tinta para um mesmo veículo<br />
e trabalho, indicando as quantidades<br />
adicionais prepara<strong>das</strong> e as causas bem<br />
O PINTOR DEVE DISPOR DE REFERÊNCIAS FIÁVEIS NO MOMENTO<br />
DE REALIZAR AS MISTURAS<br />
DISTRIBUIÇÃO POR VALOR DOS TIPOS DE REPARAÇÕES<br />
E DOS MATERIAIS DE PINTURA CORRESPONDENTES<br />
Intervalo de valores (€) Frequência Frequência acumulada Materiaisde pintura (€) Receita pormateriais de pintura<br />
De 0 a 300 25,7% 25,7% 41,6 21,6%<br />
De 300 a 600 30,1% 55,7% 70,9 16,4%<br />
De 600 a 1.200 22,8% 78,5% 133,0 15,8%<br />
De 1.200 a 1.800 10,4% 88,9% 249,4 16,8%<br />
De 1.800 a 3.000 6,7% 95,7% 260,8 11,6%<br />
De 3.000 a 6.000 3,1% 98,8% 224,8 5,6%<br />
> 6.000 1,2% 100,0% 340,8 2,5%<br />
Fonte: Audatex<br />
detalha<strong>das</strong>, ajuda no momento de<br />
justificar uma redução na margem de<br />
pintura. Além do mais, podemos utilizar<br />
esta informação para detetar oportunidades<br />
de melhoria e estabelecer<br />
medi<strong>das</strong> concretas, que evitem casos<br />
repetidos.<br />
Não obstante, a gestão na área depintura<br />
requer uma visão integral daoficina,<br />
já que existem outros fatores<br />
externos à área que também afetam,<br />
por vezes de forma drástica, a sua<br />
rentabilidade, uma vez que a pintura<br />
é <strong>das</strong> últimas etapasda cadeia de<br />
processos de reparaçãodo veículo. A<br />
www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Julho I 2019 75