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Jornal das Oficinas 164

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ação na escala do negócio, que vai<br />

requerer investimentos. Ou há dimensão<br />

e capacidade para suportá-<br />

-los ou fica-se de fora. Não se trata de<br />

crescer por crescer. Acreditamos piamente<br />

que a dimensão é fundamental.<br />

Os negócios, hoje, são muito B2B,<br />

ou seja, distribuidor para oficina. Mas<br />

temos de olhar para isto a partir de<br />

uma perspetiva global. A conectividade<br />

e a automação mudam os pressupostos<br />

do negócio”.<br />

Foco nas peças<br />

O negócio da Create Business é vender<br />

peças. “A nossa função é dar soluções<br />

aos clientes, para que eles consigam<br />

ter veículos para nos comprarem peças.<br />

Isso, para nós, é muito claro. Para<br />

vender peças, o volume não é tão importante<br />

assim. Provavelmente, é mais<br />

relevante a proximidade e a relação<br />

com o cliente. Para apresentarmos soluções<br />

aos clientes de modo a que estes<br />

consigam ter trabalho, a dimensão<br />

é, de acordo com a visão que temos,<br />

um fator crítico de sucesso”. As palavras<br />

de Carlos Nascimento não deixam<br />

dúvi<strong>das</strong> quanto ao core bussiness do<br />

negócio. E quanto às diferenças entre<br />

Portugal e Espanha? Pedro Proença<br />

responde: “As necessidades dos mercados<br />

português e espanhol são distintas.<br />

Não creio que tenha de haver uma<br />

convergência de canais de distribuição<br />

entre os dois países com base no mesmo<br />

modelo. O que temos definido é<br />

trazer soluções ao mercado. A forma de<br />

disponibilizá-las pode ser totalmente<br />

distinta nos dois países”. Carlos Nascimento<br />

acrescenta: “Do nosso ponto de<br />

vista, a concentração está a acontecer<br />

junto de distribuidores e fabricantes.<br />

Simplificando, a principal diferença<br />

entre o mercado português e espanhol,<br />

é que o português tem distribuidores,<br />

lojas de peças e oficinas. O espanhol<br />

tem fabricantes/distribuidores, alguns<br />

distribuidores, muitas lojas de peças e<br />

oficinas. Se os fabricantes deixarem de<br />

ser distribuidores, alguém terá de ocupar<br />

esse espaço. Acontecerão diversas<br />

coisas em simultâneo. A nossa perspetiva<br />

é perceber como se vai movimentar<br />

o mercado e encontrar soluções para<br />

ele. Seja uma solução de dois passos<br />

(distribuidor-oficina) ou de três passos<br />

(distribuidor-loja de peças-oficina),<br />

temos de saber adaptar-nos. Podemos<br />

adotar diferentes modelos dentro do<br />

mesmo país, em função da especificidade<br />

da região. Mas tudo dependerá,<br />

claro, da forma de intervir dos outros<br />

players no mercado”.<br />

Presente em Angola desde 2008 através<br />

de um parceiro, a Create Business<br />

portuguesa é participada, em partes<br />

iguais, por todos os sócios, que são<br />

acionistas. E detém 51% da Create Business<br />

Iberia, estando os 49% desta<br />

distribuídos, de igual forma, pelos sócios<br />

de Espanha. Cada novo sócio espanhol<br />

que entra, fica com uma parte<br />

desses 49%. Os sócios portugueses<br />

não entram em Espanha e vice-versa.<br />

“Não estamos à procura de sócios em<br />

Espanha. Se houver uma oportunidade,<br />

analisá-la-emos. Mas, seguramente,<br />

que vamos crescer. Neste momento,<br />

levamos já um crescimento superior a<br />

15% face a 2018. No conjunto de to<strong>das</strong><br />

as empresas que integramos, somos<br />

líderes de mercado”, salienta Carlos<br />

Nascimento.<br />

Plataforma Crión<br />

Apresentada na expoMECÂNICA<br />

2019, perante uma plateia de 1.000<br />

pessoas que marcou presença na<br />

convenção, a plataforma Crión é inovadora.<br />

“Não há ninguém no mercado<br />

que esteja a apresentar uma solução<br />

completa para a oficina como nós<br />

estamos. Permite, desde que o cliente<br />

chegue à oficina até que saia, manter<br />

um elo de comunicação a todo o<br />

momento. Integra todo o trabalho<br />

que a oficina tem de fazer na mesma<br />

plataforma e no mesmo sistema.<br />

Temos estado a fazer demonstrações<br />

locais junto <strong>das</strong> oficinas e estamos a<br />

ter uma recetividade muito boa. A<br />

Crión é, de facto, uma solução inovadora<br />

e revolucionária”, dá conta Pedro<br />

Proença. Carlos Nascimento, por<br />

seu turno, não tem dúvi<strong>das</strong> em afirmar<br />

que “a Create não está à frente.<br />

Está muito à frente. A nossa função<br />

enquanto empresa é apresentar soluções<br />

para os clientes. Mas, repito, o<br />

nosso negócio é vender peças”.<br />

E o que permite a Crión? “No momento<br />

em que o veículo entra na oficina,<br />

permite identificar as necessidades<br />

quer de peças, quer de mão de<br />

obra, quer de informação técnica para<br />

fazer a intervenção. Assim, consegue-se<br />

otimizar o processo logístico e<br />

integrar todo o sistema. Ao percorrer<br />

diversos caminhos, o fluxo de informação<br />

conecta completamente o negócio.<br />

A partir de uma fotografia ao veículo,<br />

consegue-se saber que peça necessita<br />

ele, entre muitas outras funcionalidades.<br />

Temos já mais de 100 licenças em<br />

Portugal para a Crión, solução que levaremos,<br />

também, para Espanha”, exconclui<br />

Carlos Nascimento. l<br />

“NESTE MERCADO, QUEM NÃO CRESCE, MORRE. DAÍ A NOSSA<br />

EXPANSÃO PARA ESPANHA”, EXPLICA CARLOS NASCIMENTO

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