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ação na escala do negócio, que vai<br />
requerer investimentos. Ou há dimensão<br />
e capacidade para suportá-<br />
-los ou fica-se de fora. Não se trata de<br />
crescer por crescer. Acreditamos piamente<br />
que a dimensão é fundamental.<br />
Os negócios, hoje, são muito B2B,<br />
ou seja, distribuidor para oficina. Mas<br />
temos de olhar para isto a partir de<br />
uma perspetiva global. A conectividade<br />
e a automação mudam os pressupostos<br />
do negócio”.<br />
Foco nas peças<br />
O negócio da Create Business é vender<br />
peças. “A nossa função é dar soluções<br />
aos clientes, para que eles consigam<br />
ter veículos para nos comprarem peças.<br />
Isso, para nós, é muito claro. Para<br />
vender peças, o volume não é tão importante<br />
assim. Provavelmente, é mais<br />
relevante a proximidade e a relação<br />
com o cliente. Para apresentarmos soluções<br />
aos clientes de modo a que estes<br />
consigam ter trabalho, a dimensão<br />
é, de acordo com a visão que temos,<br />
um fator crítico de sucesso”. As palavras<br />
de Carlos Nascimento não deixam<br />
dúvi<strong>das</strong> quanto ao core bussiness do<br />
negócio. E quanto às diferenças entre<br />
Portugal e Espanha? Pedro Proença<br />
responde: “As necessidades dos mercados<br />
português e espanhol são distintas.<br />
Não creio que tenha de haver uma<br />
convergência de canais de distribuição<br />
entre os dois países com base no mesmo<br />
modelo. O que temos definido é<br />
trazer soluções ao mercado. A forma de<br />
disponibilizá-las pode ser totalmente<br />
distinta nos dois países”. Carlos Nascimento<br />
acrescenta: “Do nosso ponto de<br />
vista, a concentração está a acontecer<br />
junto de distribuidores e fabricantes.<br />
Simplificando, a principal diferença<br />
entre o mercado português e espanhol,<br />
é que o português tem distribuidores,<br />
lojas de peças e oficinas. O espanhol<br />
tem fabricantes/distribuidores, alguns<br />
distribuidores, muitas lojas de peças e<br />
oficinas. Se os fabricantes deixarem de<br />
ser distribuidores, alguém terá de ocupar<br />
esse espaço. Acontecerão diversas<br />
coisas em simultâneo. A nossa perspetiva<br />
é perceber como se vai movimentar<br />
o mercado e encontrar soluções para<br />
ele. Seja uma solução de dois passos<br />
(distribuidor-oficina) ou de três passos<br />
(distribuidor-loja de peças-oficina),<br />
temos de saber adaptar-nos. Podemos<br />
adotar diferentes modelos dentro do<br />
mesmo país, em função da especificidade<br />
da região. Mas tudo dependerá,<br />
claro, da forma de intervir dos outros<br />
players no mercado”.<br />
Presente em Angola desde 2008 através<br />
de um parceiro, a Create Business<br />
portuguesa é participada, em partes<br />
iguais, por todos os sócios, que são<br />
acionistas. E detém 51% da Create Business<br />
Iberia, estando os 49% desta<br />
distribuídos, de igual forma, pelos sócios<br />
de Espanha. Cada novo sócio espanhol<br />
que entra, fica com uma parte<br />
desses 49%. Os sócios portugueses<br />
não entram em Espanha e vice-versa.<br />
“Não estamos à procura de sócios em<br />
Espanha. Se houver uma oportunidade,<br />
analisá-la-emos. Mas, seguramente,<br />
que vamos crescer. Neste momento,<br />
levamos já um crescimento superior a<br />
15% face a 2018. No conjunto de to<strong>das</strong><br />
as empresas que integramos, somos<br />
líderes de mercado”, salienta Carlos<br />
Nascimento.<br />
Plataforma Crión<br />
Apresentada na expoMECÂNICA<br />
2019, perante uma plateia de 1.000<br />
pessoas que marcou presença na<br />
convenção, a plataforma Crión é inovadora.<br />
“Não há ninguém no mercado<br />
que esteja a apresentar uma solução<br />
completa para a oficina como nós<br />
estamos. Permite, desde que o cliente<br />
chegue à oficina até que saia, manter<br />
um elo de comunicação a todo o<br />
momento. Integra todo o trabalho<br />
que a oficina tem de fazer na mesma<br />
plataforma e no mesmo sistema.<br />
Temos estado a fazer demonstrações<br />
locais junto <strong>das</strong> oficinas e estamos a<br />
ter uma recetividade muito boa. A<br />
Crión é, de facto, uma solução inovadora<br />
e revolucionária”, dá conta Pedro<br />
Proença. Carlos Nascimento, por<br />
seu turno, não tem dúvi<strong>das</strong> em afirmar<br />
que “a Create não está à frente.<br />
Está muito à frente. A nossa função<br />
enquanto empresa é apresentar soluções<br />
para os clientes. Mas, repito, o<br />
nosso negócio é vender peças”.<br />
E o que permite a Crión? “No momento<br />
em que o veículo entra na oficina,<br />
permite identificar as necessidades<br />
quer de peças, quer de mão de<br />
obra, quer de informação técnica para<br />
fazer a intervenção. Assim, consegue-se<br />
otimizar o processo logístico e<br />
integrar todo o sistema. Ao percorrer<br />
diversos caminhos, o fluxo de informação<br />
conecta completamente o negócio.<br />
A partir de uma fotografia ao veículo,<br />
consegue-se saber que peça necessita<br />
ele, entre muitas outras funcionalidades.<br />
Temos já mais de 100 licenças em<br />
Portugal para a Crión, solução que levaremos,<br />
também, para Espanha”, exconclui<br />
Carlos Nascimento. l<br />
“NESTE MERCADO, QUEM NÃO CRESCE, MORRE. DAÍ A NOSSA<br />
EXPANSÃO PARA ESPANHA”, EXPLICA CARLOS NASCIMENTO