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Estrategia Nacional de Combate a Corrupcao - ENCC

A Estratégia Nacional de Combate à Corrupção identifica um conjunto de prioridades destinadas a diminuir a corrupção em Portugal, sugerindo medidas na área da prevenção, deteção e repressão.

A Estratégia Nacional de Combate à Corrupção identifica um conjunto de prioridades destinadas a diminuir a corrupção em Portugal, sugerindo medidas na área da prevenção, deteção e repressão.

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ESTRATÉGIA NACIONAL DE COMBATE À CORRUPÇÃO // 2020 - 2024 31

PRIORIDADES

Com essa intervenção legislativa ficou assegurada a universalidade das obrigações

declarativas por parte dos titulares de todos os órgãos de soberania.

Impõe-se, agora, modernizar o registo de interesses dos titulares de cargos

políticos e de altos cargos públicos, permitindo a recolha de mais informação

e um melhor cruzamento de dados.

Impõe-se, também tornar efetiva a fiscalização da declaração única por parte

dos Conselhos Superiores.

Importa, ainda, promover uma publicação mais eficiente das contas dos partidos

políticos, de forma uniformizada e de acesso facilitado, nomeadamente

em relação aos períodos eleitorais.

O XXI Governo Constitucional aprovou, em setembro de 2016, um Código,

enunciando um conjunto de princípios da ação dos membros do Executivo

e prevendo regras concretas em matérias como conflitos de interesses, aceitação

de convites ou benefícios similares e recebimento de ofertas.

Esse Código de Conduta foi atualizado em 2019, já na vigência do XXII Governo

Constitucional, em consonância com as disposições da Lei n.º 52/2019,

um dos quatro diplomas em matéria de transparência aprovados pelo parlamento

no final da última legislatura.

OS PROCEDIMENTOS

Apesar dos avanços que se têm verificado, em particular na dimensão institucional,

existe ainda um espaço de progressão importante na componente

do processo legislativo e dos procedimentos administrativos.

LEGISLAR CLARO, RASGANDO

O VÉU DE OPACIDADE QUE

SE INTERPÕE ENTRE OS

CIDADÃOS E O PROCESSO

LEGISLATIVO, CRIA SOCIEDADES

MAIS PARTICIPATIVAS E

MAIS CONFIANTES NAS SUAS

INSTITUIÇÕES.

O estabelecimento da obrigatoriedade

de registo de qualquer intervenção de

entidades externas no processo legislativo,

desde a fase de conceção, com a

consagração de um princípio de “pegada

legislativa”, é uma medida de reforço

da transparência que deve ser implementada.

Estão pendentes na Assembleia da República

projetos legislativos sobre a regulação da atividade vulgarmente conhecida

por lobby.

Na mesma linha de reforço da transparência inscrevem-se outras iniciativas,

também no campo da produção legislativa, como o aprofundamento da

experiência, já em curso, de avaliação da permeabilidade das leis aos riscos

de fraude, corrupção e infrações conexas, com a exigência uma avaliação

prévia das medidas de política na perspetiva da corrupção ou o legislar claro,

impondo uma avaliação legislativa que identifique e impeça que se criem

obscuridades legais, contradições normativas ou labirintos jurídicos que favoreçam

os comportamentos administrativos “facilitadores”.

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