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Estrategia Nacional de Combate a Corrupcao - ENCC

A Estratégia Nacional de Combate à Corrupção identifica um conjunto de prioridades destinadas a diminuir a corrupção em Portugal, sugerindo medidas na área da prevenção, deteção e repressão.

A Estratégia Nacional de Combate à Corrupção identifica um conjunto de prioridades destinadas a diminuir a corrupção em Portugal, sugerindo medidas na área da prevenção, deteção e repressão.

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ESTRATÉGIA NACIONAL DE COMBATE À CORRUPÇÃO // 2020 - 2024 35

PRIORIDADES

A progressiva informatização dos serviços disponibilizados permite, por outro

lado, criar sistemas inteligentes de identificação de padrões de comportamento

associados a práticas corruptivas.

Na verdade, são múltiplas as situações que, em abstrato, envolvem risco de

associação a práticas ilícitas. A título meramente exemplificativo pode referir-

-se a criação de muitas empresas ou associações, pela mesma pessoa, num

curto período, sem que seja identificável uma justificação válida.

Impõe-se, pois, o desenvolvimento de soluções informáticas dotadas de sistemas

de alerta para situações suspeitas.

A venalidade traduzida na troca de favores ou na aceitação de vantagens

indevidas constitui um enorme risco para o Estado, sobretudo

num contexto em que a transição digital – com a desmaterialização

de fluxos de informação e de procedimentos, e a tendência para a

interoperabilidade dos sistemas de informação públicos - favorece o

acesso quase indiscriminado dos agentes públicos a informação disponível

nos sistemas da administração.

A estruturação dos sistemas informáticos tem de acautelar o risco de acesso e

utilização indevida ou abusiva das informações disponibilizadas pelos cidadãos.

A segurança da informação, na perspetiva da limitação do acesso à satisfação

das necessidades de recolha, é essencial à confiança dos cidadãos no

processo de transição digital da Administração Pública.

6 /

FACILITAR O ACESSO E MELHORAR A QUALIDADE DA

INFORMAÇÃO

Um cidadão mais bem informado é um cidadão mais capaz de identificar e

de reagir perante ineficiências, erros ou imposições sem fundamento legal

ou regulamentar.

O serviços e organismos públicos devem disponibilizar, de forma simples e

em fontes acessíveis, a informação de que os cidadãos carecem para satisfação

das suas pretensões.

A adoção, no Programa SIMPLEX, de uma medida destinada a oferecer aos

cidadãos, no momento em que formulam um pedido, informação relevante

sobre o tempo estimado para a tomada de decisão, a identificação dos

responsáveis pela decisão e dos técnicos envolvidos no procedimento, bem

como o valor a pagar pelo serviço prestado, superará o défice de informação

que hoje se faz sentir em vários setores.

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