Outubro_2020 - nº 269
Órgão informativo do Centro Lusitano de Zurique Edição de Outubro 2020
Órgão informativo do Centro Lusitano de Zurique
Edição de Outubro 2020
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RECANTOS HELVÉTICOS
15
Cabana de “Tierewis“
MARIA DOS SANTOS
Falar da Cabana de Tierewis a 2.084 metros
de altitude, é falar também do “Säntis“ a
2.502 metros de altura, ou “Rotsteipass" e
toda a zona de Alpstein.
Um quadro, onde o silêncio e a beleza dos
Alpes tem o poder de nos mostrar o que
é, o amor angelical pela natureza. Ela que
serve tantas vezes de refúgio, fornece-nos
o oxigénio puro de que tanto precisamos,
justo agora que nos debatemos estupidamente
contra uma doença e algo invisível,
mas presente.
Para quem gosta de ficar por terras helvéticas
e quer passar as suas férias, num
ambiente de cura física e espiritual, nada
melhor que longas caminhadas e maravilhosas
descobertas.
Hoje convido-vos a descobrir esta cabana
que veem na fotografia. A cabana
„Tierewis“. Acolhedora, gente simpática,
protegida do COVID e que nos oferece
uma paisagem entre o mundo animal e
uma natureza selvagem. Ao final da tarde
e de manhã bem cedo, lá temos os Ibex a
desejar-nos um triunfante dia.
O parque de estacionamento de Wildhaus,
custa apenas cinco francos. Os painéis
indicam o caminho, sem possibilidade de
enganos.
A altitude é bastante elevada mas acessível
a qualquer um.
Quando o entardecer chega, deixem-se
encantar pelas longínquas luzes das cidades,
vilas e aldeias das províncias Ai /Ar/
SG. Parecem pequenas pistas de aterragem,
onde todos um dia gostaríamos de
chegar com destino ao paraíso.
Uma vez em “Tierewis“, onde podemos
pernoitar, degustar a cozinha helvética,
podem e deve combinar este passeio com
a ida a Säntis.
Para lá chegar devem estar bem equipados,
com botas, bastões e ausente de vertigens.
O Lisengrad é sumptuoso e altivo. Cores
vivas e atrativas, precioso e perfeito aos
nossos olhos.
Uma vez no pico do famoso Säntis, temos
uma paisagem, que faz as delícias dos turistas.
São 380 graus onde o nosso olhar
se perde.
O pôr do sol é o cartão postal procurado
por todos. Um pássaro que passa, uma
nuvem que marca presença e enfeita o céu,
um sorriso doce e ternurento que chega do
nada. Um sonho que vem á memória, uma
imagem que não queremos esquecer e o
desejo de deixar a alma voar. É o rei astro
a despedir-se com todos os sonhos dentro
dele. Descobrimos cores deslumbrantes,
as estrelas que brilham, o sono que chega
nostálgico e sem avisar, só por estes motivos
merece a pena viver estas emoções.
Mas deixem-me dizer-vos, para mim o mais
significativo, romântico e marcante é aquele
vivido com quem amamos, ao pé do meu
monumento favorito: A Torre de Belém,
em Lisboa.
Se me disserem que as férias na Suíça
são caras, digo-vos que não. Se merece a
pena conhecer este cantinho do mundo,
digo sim. Utilizem as ferramentas virtuais
e vejam os preços e locais de sonho a preços
acessíveis para todos. Há sempre uma
montanha, um pôr ou nascer do sol que
espera para ser visto.
Hoje permito-me terminar com um pensamento
que faz todo o sentido de Arthur
Schopenhauer: “A tarde é a velhice do dia.
Cada dia é uma pequena vida e cada pôr
do sol uma pequena morte.“
Vamos refletir e pensar em construir um
mundo melhor. Será bom começarmos a
perguntar-nos: Quem seremos quando tudo
isto acabar?.
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