Outubro_2020 - nº 269
Órgão informativo do Centro Lusitano de Zurique Edição de Outubro 2020
Órgão informativo do Centro Lusitano de Zurique
Edição de Outubro 2020
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COMUNIDADE
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únicas por este mundo fora. Dependente da
região nem sempre é fácil conseguir arranjar
literatura, fotos ou relatos de antepassados
que nos ajudem a reconstruir o nosso trajar.
Tenho a sorte de ter duas colegas Tatiana
Cardoso e Tamara Leal da Silva bastante
aplicadas que tem passado muito tempo a
rever e melhorar o nosso trajar. A direcção
com o apoio do ensaiador Henrique Badim,
responsável de música Beto Cardoso e o
nosso apresentador Marco Gomes, tentamos
ir á procura de novas ideias, para
podermos irem busca do mais tradicional
e especial que cada região nos oferece.
L.Z.- Sois um rancho ainda muito jovem,
mas com garra em vencer. Como vivem
este distanciamento social e não poderem
ensaiar?
J.P. -Como será para todos os grupos, preferíamos
estar sem distanciamento social
e no nosso passado considerado normal.
Mas agora penso que temos que nos adaptar
a esta nova realidade. Para mim o mais
importante é respeitar as regras impostas
pelo governo, o bem de todos os nossos
membros e a saúde em geral. Voltamos á
pouco tempo aos ensaios. De duas em duas
semanas ensaiamos e tentamos manter
o grupo activo e motivado para o futuro.
Nos ensaios são respeitadas as regras do
governo helvético para grupos deste formato.
Mas deixamos em claro que quem não
se sentisse em segurança ou com medo
poderia ficar de fora até tudo se acalmar.
L.Z.- Dia 24 de Outubro è o vosso festival.
Como vives emocionalmente e culturalmente
esta negação aos eventos
culturais?
J.P. - Seria o nosso festival. Penso que para
a nossa direcção esta terá sido a decisão
mais complicada a tomar desde que assumimos
as responsabilidades deste grupo.
O nosso festival era sempre o ponto alto do
ano, onde se sentia o empenho de todos
os membros deste grupo. Este ano vai- nos
faltar muita coisa, desde as preparações
da decoração para surpreender os nossos
visitantes até ao stress das últimas horas
antes de se abrir as portas ao público. Agora
é confiar e acreditar que para o ano será
de novo possível voltarmos a ter os eventos
culturais. Não acredito que para o ano
já seja possível fazer daquela forma que
gostaríamos e estávamos habituados mas
que pelo menos seja possível realizar. E
que assim se volte a conviver com outros
grupos por este mundo fora.
L.Z.- És um jovem, responsável e com
ideias muito claras. Como geres a tua
viva pessoal, desportiva e cultural, numa
sociedade stressada e algo egoísta?
J.P. - Quero acreditar que o Covid trouxe
também coisas boas e uma delas foi tirar
algum stress a nossa sociedade que bem
era preciso. Mais contente ficava ainda se as
pessoas começassem a ser menos egoístas
e a pensar mais num bem comum. Desde
muito cedo que me foram dado valores importantes
para poder viver de uma forma
responsável, trabalhadora e aplicada. Juntando
a isto experiências que vim a fazer no
decorrer da minha vida. Dou constantemente
o meu melhor, respeitando ao máximo as
pessoas à minha volta. Tenho ideias claras
de onde quero chegar e do que tenho que
fazer para chegar lá e que só com trabalho lá
chegarei. Para conseguir meter todos estes
factores a funcionar eficientemente preciso
de um planeamento clara, determinado e
organizado com tempo.
L.Z.- Para finalizar: que sonho gostarias
de realizar como presidente deste grupo
de Arbon?
J.P. - Manter um grupo unido com vontade
de querer melhorar pouco a pouco
no decorrer dos próximos anos. O tempo
que nos espera vai ser de muita luta para
manter a actividade dos folcloristas. Já tivemos
a oportunidade de ir ao estrangeiro
mas não posso esconder que seria algo
especial poder um dia levar este grupo ao
nosso país par podermos mostrar o nosso
trabalho desenvolvido em terras Helvéticas
e em memória dos nossos antepassados.
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Escritório de Representação da CGD - Suíça
Rue de Lausanne 67/69, 1202 Genève
Tel: Genève - 022 9080360 I Tel: Zurique - 078 6002699 I Tel: Lausanne – 078 9152465
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