Revista da Misericórdia #45
IGUALDADE foi o desafio lançado e que reuniu um excelente grupo de colaboradores/as - internos e externos - que refletiram sobre as diferentes variáveis que se cruzam em torno deste tema tão atual. Porque é preciso pensar a igualdade como forma de combater a desigualdade social, de género, na educação, terceira idade e cuidados de saúde. Nos caminhos a trilhar de acesso aos serviços, apoios e direitos. E onde o roxo funciona também como o seu símbolo de representação, pela síntese entre o azul e o cor-de-rosa e que funcionou na década de 70 como bandeira na luta pela igualdade de direitos. Esta edição da revista espelha a necessidade de lutarmos pelos valores da igualdade numa só voz, onde ainda nem tudo são rosas. Clique no link para ler a última edição da revista em formato digital: https://www.iscmst.pt/cultura/revista-da-misericordia/.
IGUALDADE foi o desafio lançado e que reuniu um excelente grupo de colaboradores/as - internos e externos - que refletiram sobre as diferentes variáveis que se cruzam em torno deste tema tão atual.
Porque é preciso pensar a igualdade como forma de combater a desigualdade social, de género, na educação, terceira idade e cuidados de saúde. Nos caminhos a trilhar de acesso aos serviços, apoios e direitos. E onde o roxo funciona também como o seu símbolo de representação, pela síntese entre o azul e o cor-de-rosa e que funcionou na década de 70 como bandeira na luta pela igualdade de direitos. Esta edição da revista espelha a necessidade de lutarmos pelos valores da igualdade numa só voz, onde ainda nem tudo são rosas.
Clique no link para ler a última edição da revista em formato digital: https://www.iscmst.pt/cultura/revista-da-misericordia/.
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editorial IGUALDADE
por Gabriela Costa presidente da mesa da assembleia geral
“Sou mulher e escrevo. Sou plebeia e sei ler. Nasci serva e sou livre.
Vi e fiz coisas maravilhosas na minha vida.”
Rosa Montero
A luta pelos direitos das mulheres e a sua plena
igualdade cívica, jurídica e social, marcaram a
viragem do século XIX para o século XX.
Carolina Beatriz Ângelo, nascida na Guarda em
1878, foi a primeira mulher portuguesa a exercer o
direito de voto em 28 de Maio de 1911. Foi também
a primeira mulher a exercer cirurgia em Portugal no
Hospital de S. José em Lisboa.
Sophia de Mello Breyner Andressen, nascida no
Porto em 1918, escritora, poetisa, ativista política
antes do 25 de Abril, deputada, foi a primeira
mulher a receber o Prémio Camões.
Helena Sacadura Cabral, nascida em Lisboa em
1934, economista, professora, jornalista, escritora de
44 livros, foi a primeira mulher a ser admitida nos
quadros técnicos do Banco de Portugal.
Na sua frase inspiradora, Rosa Montero, nascida em
Madrid em 1951, jornalista e escritora, reflete sobre
a sua origem, o seu género e a sua classe social.
São muitos os exemplos de mulheres em que o
género, a época, a origem social, o regime político,
e outros constrangimentos, não impediram de lutar
pelos seus direitos e defender as suas ideias, através
da palavra e da atuação social e política.
Enquanto a igualdade é um conceito abstrato que
só existe se se souber entre quem e/ou em quê, a
equidade é um conceito mais agregador porque
reconhece que somos todos diferentes, sendo
necessárias medidas que ajustem o desequilíbrio,
levando à justiça social de igualdade na diferença.
A Equidade valoriza a individualidade, a
diversidade, a diferença e a justiça social,
sem a qual nenhum país atingirá um nível
de felicidade desejável.
Igualdade e equidade só serão possíveis
através de um investimento sério na
Educação, que começa em casa e
continua nas creches e jardins de
infância, até à universidade e vida adulta.
Em pleno século XXI, em países ditos
desenvolvidos, ainda falarmos de quotas
para tentar garantir a igualdade e a não
discriminação denota um nível de
desenvolvimento civilizacional e de
bem-estar social ainda muito precários.
O país tem de apostar de forma séria e
contínua em políticas nas áreas da saúde
e da educação que reúnam o maior
consenso possível para serem
suprapartidárias e de longo prazo.
Para podermos deixar de falar de quotas
e passarmos a falar de valores e
competências.
Para podermos vir a respirar a verdadeira
Igualdade: direitos, deveres e
oportunidades, com respeito e
responsabilidade.