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Revista da Misericórdia #45

IGUALDADE foi o desafio lançado e que reuniu um excelente grupo de colaboradores/as - internos e externos - que refletiram sobre as diferentes variáveis que se cruzam em torno deste tema tão atual. Porque é preciso pensar a igualdade como forma de combater a desigualdade social, de género, na educação, terceira idade e cuidados de saúde. Nos caminhos a trilhar de acesso aos serviços, apoios e direitos. E onde o roxo funciona também como o seu símbolo de representação, pela síntese entre o azul e o cor-de-rosa e que funcionou na década de 70 como bandeira na luta pela igualdade de direitos. Esta edição da revista espelha a necessidade de lutarmos pelos valores da igualdade numa só voz, onde ainda nem tudo são rosas. Clique no link para ler a última edição da revista em formato digital: https://www.iscmst.pt/cultura/revista-da-misericordia/.

IGUALDADE foi o desafio lançado e que reuniu um excelente grupo de colaboradores/as - internos e externos - que refletiram sobre as diferentes variáveis que se cruzam em torno deste tema tão atual.
Porque é preciso pensar a igualdade como forma de combater a desigualdade social, de género, na educação, terceira idade e cuidados de saúde. Nos caminhos a trilhar de acesso aos serviços, apoios e direitos. E onde o roxo funciona também como o seu símbolo de representação, pela síntese entre o azul e o cor-de-rosa e que funcionou na década de 70 como bandeira na luta pela igualdade de direitos. Esta edição da revista espelha a necessidade de lutarmos pelos valores da igualdade numa só voz, onde ainda nem tudo são rosas.
Clique no link para ler a última edição da revista em formato digital: https://www.iscmst.pt/cultura/revista-da-misericordia/.

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Pag | 59

Cultura

orçamento doméstico, a partir daquilo que o marido tinha

previamente definido. Na gestão económica, a mulher

continuava a dever obediência ao cônjuge.

Foi perante toda esta vivência de subordinação que a mulher

se emancipa numa luta pelos seus direitos.

A celebração do Dia Internacional das Mulheres,

comemorado a 8 de março, deve a sua origem à

comemoração organizada pelo Partido Socialista da

América, a 28 de fevereiro de 1909, em Nova Iorque. Num

contexto de mobilização feminina, cabe-nos destacar a

militante comunista alemã Clara

Zetkin como impulsionadora do

desejo de celebrar um dia

anualmente como jornada de luta

pelos direitos da mulher.

É sobre o manto operário que as

demonstrações de apoio se vão

manifestando pela Áustria, Alemanha,

Dinamarca e Suíça, em defesa do direito ao voto feminino e fim

das discriminações laborais de género. A celebração oficial do

Dia Internacional da Mulher como feriado foi declarado após a

Revolução de Outubro de 1917 na Rússia Soviética pelo

governo bolchevique. O cunho deste dia fica

predominantemente associado aos países socialistas e ligado

ao movimento comunista internacional.

A passagem da sua celebração para a Europa Ocidental só

acontece a partir dos finais da década de 60 do século XX, no

Em 1975, a ONU proclama o ano

como o Ano Internacional da

Mulher e, somente, dois anos

depois é que o mesmo é instituído

como data de celebração anual.

contexto da segunda vaga do feminismo, que acrescenta aos

conhecidos temas da igualdade salarial e de direitos civis,

novas reivindicações como a luta pelos direitos reprodutivos e

contra a violência patriarcal. Em 1975, a ONU proclama o ano

como o Ano Internacional da Mulher e, somente, dois anos

depois é que o mesmo é instituído como data de celebração

anual.

Atualmente, o fenómeno da Greve Feminista Mundial procura

retomar a natureza reivindicativa da celebração, recuperando

o espírito transformador e radical que esteve na sua génese,

rompendo com o aproveitamento

corporativo e empresarial da data

celebrada em prol das conquistas de

direitos humanos e laborais. •

POR BEATRIZ MEIRELES RUAS CAMÕES (ALUNA DE

MESTRADO EM HISTÓRIA E PATRIMÓNIO, FLUP)

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