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Revista da Misericórdia #45

IGUALDADE foi o desafio lançado e que reuniu um excelente grupo de colaboradores/as - internos e externos - que refletiram sobre as diferentes variáveis que se cruzam em torno deste tema tão atual. Porque é preciso pensar a igualdade como forma de combater a desigualdade social, de género, na educação, terceira idade e cuidados de saúde. Nos caminhos a trilhar de acesso aos serviços, apoios e direitos. E onde o roxo funciona também como o seu símbolo de representação, pela síntese entre o azul e o cor-de-rosa e que funcionou na década de 70 como bandeira na luta pela igualdade de direitos. Esta edição da revista espelha a necessidade de lutarmos pelos valores da igualdade numa só voz, onde ainda nem tudo são rosas. Clique no link para ler a última edição da revista em formato digital: https://www.iscmst.pt/cultura/revista-da-misericordia/.

IGUALDADE foi o desafio lançado e que reuniu um excelente grupo de colaboradores/as - internos e externos - que refletiram sobre as diferentes variáveis que se cruzam em torno deste tema tão atual.
Porque é preciso pensar a igualdade como forma de combater a desigualdade social, de género, na educação, terceira idade e cuidados de saúde. Nos caminhos a trilhar de acesso aos serviços, apoios e direitos. E onde o roxo funciona também como o seu símbolo de representação, pela síntese entre o azul e o cor-de-rosa e que funcionou na década de 70 como bandeira na luta pela igualdade de direitos. Esta edição da revista espelha a necessidade de lutarmos pelos valores da igualdade numa só voz, onde ainda nem tudo são rosas.
Clique no link para ler a última edição da revista em formato digital: https://www.iscmst.pt/cultura/revista-da-misericordia/.

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#45

Ação

Social e

Comunidade

TEMPO DE (DES)IGUALDADE

A defesa da igualdade de oportunidades é um princípio

jurídico e ético das sociedades democráticas na promoção do

bem-estar dos cidadãos. No entanto, as desigualdades sociais

persistem e em determinados períodos agudizam-se. As

desigualdades são a causa estrutural da pobreza. Em 2021, o

rendimento médio por adulto equivalente dos 10% mais ricos

era cerca de 8,5 vezes superior ao dos 10% de menores

rendimentos 1 . No contexto atual as famílias com menores

rendimentos são as mais penalizadas pelo crescente custo de

vida resultante da inflação, em particular nos custos com a

alimentação e energia. 2 O caminho para uma maior

igualdade social constrói-se no empenho e vontade de

reduzir as desigualdades no acesso a bens e serviços

essenciais, tais como: habitação, saúde, educação, justiça,

alimentação; na promoção de sistemas de proteção social,

a par de um rendimento adequado e a modelos de

desenvolvimento económico sustentáveis e justos.

Os caminhos para reduzir a pobreza, fazem-se também pela

via de um emprego sustentável e de qualidade. Este é um

objetivo que está longe de ser atingido para 10,3% das

pessoas, em 2021, que apesar de terem um trabalho

continuam a ser pobres, isto é, vivem com menos de 551 euros

por mês. A precaridade laboral 3 ganhou mais expressão com

as reformas laborais no período da Troika (FMI, CE e BCE) e é

um problema sério que põe em causa o direito ao trabalho, em

particular para os mais jovens que condiciona o seu bem-estar

no presente e as suas perspetivas de futuro, sendo que os

contratos temporários não se limitam apenas aos mais jovens,

abrangendo também trabalhadores mais velhos.

A este respeito, alguns dos caminhos relevantes no combate à

desigualdade social e à pobreza recentemente anunciados,

tem que ver com política pública, entre os quais a Agenda de

Trabalho Digno de Valorização dos Jovens no Mercado de

Trabalho 4 , com efeitos a partir de um de maio, que inclui 70

medidas ao serviço dos Trabalhadores e das Empresas, e

assenta em 4 eixos principais: (1) Combater a precariedade;

(2) Valorizar os Jovens no mercado de trabalho; (3) Promover

melhor conciliação entre a vida profissional, pessoal e familiar;

(4) Dinamizar a negociação coletiva e a participação dos

trabalhadores. As medidas em relação ao combate à

precaridade são as seguintes:

1 Índice S80/S20 e S90/SS10 permite medir a desigualdade entre os extremos da distribuição do rendimento por adulto equivalente

2 https://expresso.pt/economia/2023-02-02-Familias-mais-pobres-enfrentam-inflacao-mais-alta-8b18b880 e https://www.bruegel.org/dataset/inflation-inequalityeuropean-union-and-its-drivers

3 Por precaridade laboral entende-se os contratos temporários, trabalho a tempo parcial, contratos temporários involuntários e trabalho a tempo parcial involuntário.

Mais informação: https://www.observatorio-das-desigualdades.com/observatoriodasdesigualdades/wp-content/uploads/2021/07/Desemprego-e-Precariedade-

Laboral-na-Populac%CC%A7a%CC%83o-Jovem.pdf

4 https://dre.pt/dre/detalhe/lei/13-2023-211340863

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