Revista da Misericórdia #45
IGUALDADE foi o desafio lançado e que reuniu um excelente grupo de colaboradores/as - internos e externos - que refletiram sobre as diferentes variáveis que se cruzam em torno deste tema tão atual. Porque é preciso pensar a igualdade como forma de combater a desigualdade social, de género, na educação, terceira idade e cuidados de saúde. Nos caminhos a trilhar de acesso aos serviços, apoios e direitos. E onde o roxo funciona também como o seu símbolo de representação, pela síntese entre o azul e o cor-de-rosa e que funcionou na década de 70 como bandeira na luta pela igualdade de direitos. Esta edição da revista espelha a necessidade de lutarmos pelos valores da igualdade numa só voz, onde ainda nem tudo são rosas.
IGUALDADE foi o desafio lançado e que reuniu um excelente grupo de colaboradores/as - internos e externos - que refletiram sobre as diferentes variáveis que se cruzam em torno deste tema tão atual.
Porque é preciso pensar a igualdade como forma de combater a desigualdade social, de género, na educação, terceira idade e cuidados de saúde. Nos caminhos a trilhar de acesso aos serviços, apoios e direitos. E onde o roxo funciona também como o seu símbolo de representação, pela síntese entre o azul e o cor-de-rosa e que funcionou na década de 70 como bandeira na luta pela igualdade de direitos. Esta edição da revista espelha a necessidade de lutarmos pelos valores da igualdade numa só voz, onde ainda nem tudo são rosas.
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Cultura
O caminho até ao presente continuou a ser tortuoso, repleto de
adversidades e distinto nas várias sociedades. Se na maior
parte do “Ocidente alargado” terá ocorrido um percurso
tendencialmente positivo, noutros locais, as desigualdades
mantiveram-se praticamente inalteráveis. A complexidade do
relacionamento entre nações, as sucessivas crises
económicas e o consequente ressurgimento de
movimentos políticos extremistas, parecem estar a arrastar
o mundo para uma bipolarização onde também no
Ocidente os “valores tradicionais” voltam a ser recordados
com saudosismo. Estas ameaças devem lembrar-nos que a
luta pela igualdade de género deve ser contínua e
permanentemente escrutinada, nada está garantido, há
ainda muito para conquistar. •
POR RICARDO GOUVEIA (SOCIÓLOGO)
Bibliografia
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antiga. Lisboa, Editorial Estampa.
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VAQUINHAS, I. (2011). A Época Contemporânea – Introdução. In Vaquinhas,
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