SCMedia News | Revista | Maio 2023
A revista dos profissionais de logística e supply chain.
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MAIO <strong>2023</strong><br />
uma outra zona em que as empresas se devem<br />
colocar ao invés dessas: a zona de segurança.<br />
O orador defende que as empresas podem sim,<br />
sair das suas zonas de conforto, mas devem<br />
manter-se dentro de uma zona de segurança<br />
que lhes permita ter flexibilidade e controlar<br />
o risco. “Questionem-se sempre: estou na zona<br />
de conforto ou estou na zona de segurança?”,<br />
conclui.<br />
Seguidamente, Raffaele Carpi, partner da<br />
McKinsey & Company, começa por falar da<br />
“tempestade perfeita” que se vive nas supply<br />
chains. Com o tema “The world is and will be<br />
more complex: is your supply chain ready?”, o<br />
responsável trouxe alguns exemplos de como a<br />
mudança tem estado a impactar as cadeias de<br />
abastecimento dos dias de hoje, e da importância<br />
de as empresas se adaptarem às situações, com<br />
resiliência e da flexibilidade.<br />
Aponta desde logo o exemplo da Toyota,<br />
que depois de um terramoto em 2011, que lhes<br />
causou uma grande disrupção na cadeia de<br />
abastecimento, adaptou as suas infraestruturas e<br />
conseguiu resistir ao terramoto seguinte.<br />
Outro dos casos que indicou foi o da Nike, que<br />
através da integração de um sistema RFID criou<br />
um sistema de gestão digital dos seus stocks<br />
entre os canais físico e virtual.<br />
“As supply chains do futuro terão de ser mais<br />
digitais, integradas e ágeis”, conclui.<br />
Depois, Joana Leite Moreira, diretora de<br />
logística do Lidl Portugal, toca no tema da<br />
sustentabilidade, através do caso do combate ao<br />
desperdício no Lidl. “A importância estratégica de<br />
combater o desperdício na logística” foi o tema<br />
escolhido para a sua intervenção, e que envolveu<br />
desde o desperdício alimentar ao desperdício<br />
energético.<br />
“A sustentabilidade está a ser muito pensada,<br />
e é um caminho que temos de seguir nas nossas<br />
cadeias de abastecimento”, ressalva.<br />
Quase a terminar o dia, deu-se a mesa<br />
redonda “Cadeia de Abastecimento: Inovar na<br />
disrupção”, com a presença de Gonçalo Santos,<br />
CEO da Iberol, Ricardo Santos, general manager<br />
da Mistolin, Miguel Silvestre, presidente do<br />
conselho de administração da Plural + Udifar, e<br />
António Marcelo, vice president global supply<br />
chain da Visteon Corporation, sob a moderação<br />
de José Costa Faria, senior Supply Chain<br />
Consultant & Leadership Specialist.<br />
A primeira questão que lançou foi<br />
precisamente “O que está a mudar?”. Ricardo<br />
Santos começa por dizer que “vivemos num<br />
mundo Rock&Roll” em constante mudança<br />
e adaptação. No caso da Mistolin, lançaram<br />
recentemente 120 produtos, e que por trás de<br />
cada produto existe toda uma equipa preparada<br />
para o desenvolver. “Isto é o Rock&Roll de<br />
todos os dias. Tem de haver uma relação<br />
muito colaborativa entre a Mistolin e os seus<br />
fornecedores”, explica ainda, “as relações têm<br />
de ser cada vez mais colaborativas”.<br />
António Marcelo aponta que na Visteon, uma<br />
das inovações que tiveram foi através de uma<br />
gestão global da cadeia de abastecimento,<br />
localizada em Portugal, em Palmela. Através<br />
desta localização, conseguem ter acesso a<br />
todo o nível de stocks, de necessidades, de<br />
disrupções e atrasos ao longo da cadeia global,<br />
e poderem responder com melhor prontidão<br />
a cada situação. “Acabou por diminuir as<br />
disrupções e os excessos de inventário”, explica<br />
o responsável.<br />
“Essa gestão global foi uma das decisões mais<br />
certeiras na minha carreira”, destaca.<br />
No caso da distribuição farmacêutica,<br />
Miguel Silvestre afirma que ficaram um<br />
pouco “amarrados”, mas que a inovação<br />
é uma constante na Plural + Udifar. No<br />
início da pandemia houve uma escassez de<br />
medicamentos, e não havia um plano B. “Os