60 MAIO <strong>2023</strong> possam mesmo “ficar pelo caminho”, mas que mesmo os que sobrevivam, “terão inevitavelmente de ajustar os seus planos de negócio e, principalmente, reavaliar aquele que consideram ser o seu valor perante uma nova realidade que se está a construir”. Nesse mesmo sentido, olhando para os investimentos que as empresas têm feito, defende que “é importante ter em mente que reduções no financiamento não podem influenciar o serviço que prestamos aos nossos clientes finais e a perceção que estes têm acerca do negócio”, como é o caso do investimento em sustentabilidade e na redução da pegada ambiental. “Qualquer empresa que procure alcançar o sucesso tem de procurar adaptar as suas operações e estar consciente do impacto que tem no meio ambiente. O público está cada vez mais exigente e procura opções que permitam ao máximo a redução da sua pegada ambiental”, afirma Mario Martínez-Jurado, “acredito que se trata de saber gerir as prioridades. Neste momento, tendo em conta a emergência climática, bem como as atuais metas de descarbonização cada vez mais ambiciosas e sérias, a transição verde não me parece algo que possa ser colocado de parte ou adiado sem quaisquer constrangimentos”. UM BANCO DE ELEIÇÃO A especialização do Silicon Valley Bank nas start-ups de tecnologia levou muitos empreendedores e investidores a optar por este banco, que iria oferecer serviços financeiros ajustados a esta indústria. “A verdade é que, aos dias de hoje, este era efetivamente o banco de eleição para start- -ups, não só nos EUA, como um pouco pelo mundo inteiro. Diria que o principal fator diferenciador foi efetivamente possuir um foco muito grande em indústrias tecnológicas de rápido crescimento. Isto significa que beneficiava de uma poderosa rede de fundos/ sociedades de capital de risco, investidores e empresas que adotaram este banco como o principal intermediário em várias etapas de desenvolvimento de negócio”, explica Mario Martínez-Jurado. Olhando para o impacto para as cadeias de abastecimento, considera que não se irá sentir negativamente ao nível do volume de entregas ou de rotas de distribuição, pois “a tendência é exatamente o oposto”, mas sim nalgumas empresas por detrás das cadeias de abastecimento, como é o caso da Vonzu. A Vonzu também sentiu alguma repercussão, no entanto, de forma indireta, mas destaca que “a ação rápida do sistema financeiro para absorver os danos causados pelo Silicon Valley Bank e dar a todos os lesados o apoio que necessitavam, ajudou bastante todo o ecossistema de start-ups à escala global”. “Perante o atual cenário de crise económica que atravessamos, a juntar a este mais recente acontecimento, diria que não se avizinham tempos fáceis e que é profundamente necessário adaptarmos a forma como trabalhamos, de modo a conseguirmos continuar a prosperar no setor da logística e distribuição, onde somos especialistas”, defende ainda o fundador e CEO da Vonzu. Apesar de tudo, Mario Martínez-Jurado mostra-se positivo em relação às perspetivas futuras, e confiante de que o negócio continuará a crescer, afirmando que “vamos começar a era dos negócios reais, dos negócios que criam receitas, geram lucro, são capazes de dar dividendos aos seus investidores e, mesmo assim, sobreviver de forma sustentável”. •
SEMPRE AO LADO DOS NOSSOS CLIENTES Na MERLIN, respondemos às necessidades dos nossos clientes com soluções à medida e um serviço completo. Promovemos a inovação e a sustentabilidade para desenvolver ativos logísticos modernos, eficientes e de alta qualidade, acompanhando os nossos clientes ao longo do seu desenvolvimento logístico. merlinproperties.com