SCMedia News | Revista | Maio 2023
A revista dos profissionais de logística e supply chain.
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MAIO <strong>2023</strong><br />
“Temos um plano de implementação pela<br />
frente para os próximos anos, para habilitar<br />
cada vez mais essa colaboração em rede nas<br />
nossas aplicações”, explica, mas acrescenta<br />
que “para se tornar verdadeiramente<br />
resiliente ao risco, há uma outra grande área<br />
na qual estamos a investir, que é em ajudar<br />
a sincronizar os seus planos de supply chain<br />
com a execução. Muitos dos nossos clientes já<br />
têm uma capacidade mais ou menos forte de<br />
antecipar a demanda, através de ferramentas<br />
de previsão, e têm a possibilidade de planear<br />
o abastecimento, mas onde a maioria<br />
das empresas erra é em sincronizar esse<br />
planeamento com a execução, implementando<br />
as previsões na produção”.<br />
Dominik Metzger reforça a ideia de que<br />
é necessário que as empresas sejam ágeis<br />
nas suas cadeias de abastecimento, para que<br />
quando surja uma disrupção que impeça o<br />
abastecimento, consigam ter a transparência<br />
necessária e reagir rapidamente, e “isso não<br />
acontece apenas uma vez por mês, acontece<br />
todos os dias”.<br />
Novas e avançadas tecnologias, como<br />
inteligência artificial ou machine learning,<br />
terão um papel importante para alcançar esta<br />
finalidade, e destaca como principais exemplos<br />
a rede, ou a capacidade de conectar empresas;<br />
a computação em nuvem, permitindo a<br />
integração e dimensão das operações com<br />
maior rapidez; e a inteligência artificial.<br />
Num olhar para o estado das cadeias de<br />
abastecimento, e para onde estas se dirigem,<br />
Dominik Metzger considera que apesar da<br />
situação vivida recentemente com a pandemia<br />
de COVID-19, envolvendo uma adaptação para<br />
o nearshoring de modo a reduzir os riscos<br />
de abastecimento, “ainda há muito valor na<br />
globalização”.<br />
O head of supply chain aponta que a maioria<br />
das empresas com quem tem tido contacto<br />
reconhece que precisam de se tornar mais<br />
inteligentes na forma como aproveitam as<br />
vantagens da globalização, e que “tornar-se<br />
consciente do risco e resiliente a interrupções<br />
é um paradigma completamente novo que as<br />
empresas terão de enfrentar nos próximos 10<br />
anos”.<br />
Ao nível das tendências e dimensões,<br />
destaca que as empresas falam muito de<br />
ERP (Enterprise Resource Planning), mas<br />
acredita numa ótica de NRP: Network<br />
Resource Planning. “Acho que nas próximas<br />
décadas este será o novo normal, em que as<br />
empresas não planeiam apenas dentro de<br />
suas próprias quatro paredes, mas desde o<br />
início da cadeia, considerando as restrições<br />
de seu ecossistema”, e a inteligência artificial<br />
e o machine learning irão ser essenciais para<br />
dar este suporte, e para que o ecossistema<br />
funcione em rede. •