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Revista eMOBILIDADE+ Nº 6

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

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Com maior destaque público, evidencio a

conclusão das obras da linha da Beira Alta, que

deverá estar pronta este ano

intervenientes, mas ao mesmo tempo

é positivo, pois tudo é público, prazos,

valores de investimento, que são

facilmente escrutináveis pela opinião

pública. Todos gostaríamos que os

prazos fossem mais curtos, mas há um

horizonte temporal que valerá a pena

olhar: temos um conjunto de projetos

que irão terminar este ano que irão

dar visibilidade a um conjunto de

investimentos que coincidem com o

programa Ferrovia 2020. Já a AV tem

como horizonte o princípio da próxima

década. Aí, tanto do ponto de vista

de transporte de passageiros como

de mercadorias assistiremos a uma

alteração significativa na mobilidade,

na utilização do transporte ferroviário,

e no patamar de qualidade a que um

investimento na AV, conjugado com a

requalificação da rede atual, eleva este

modo. Compreendo que é longe para

dizer que na próxima década vamos ter

uma transformação muito grande, mas

importa referir que é um investimento

muito pesado. Há um princípio

conhecido nos fundos comunitários

– do no significant harm –, segundo

o qual somos obrigados a provar que

os processos não prejudicam critérios

ambientais que temos que justificar, tal

como uma cuidada análise de custobenefício.

É um grande desafio, mas

que temos incorporado em todos os

projetos.

A primeira fase da AV Lisboa-Porto

já arrancou - que depois seguirá até

Vigo - e é considerada prioritária,

de momento, mais que a ligação a

Madrid. É assim?

Não temos capacidade para as

executar em simultâneo, nem do

ponto de vista financeiro, nem pelo

empreendimento em si. Do ponto

de vista da dinamização da atividade

turística seria extremamente importante

para a economia portuguesa. Mas

deverá prevalecer, em primeiro lugar, o

transporte de mercadorias, a libertação

de uma rede altamente congestionada,

mas também a aproximação de uma

série de cidades, promovendo a

coesão territorial. Vamos fazê-lo por

troços, pois é a única forma de termos

capacidade de resposta do mercado.

Mas a ligação a Madrid não é algo

excluído num horizonte futuro.

Mas tal horizonte terá já um prazo

definido?

Não. Compete à IP fazer uma proposta

técnica e depois terá que haver uma

decisão política. Até porque há

um conjunto de investimentos que

terão que ser feitos até chegarmos a

essa proposta. Não se pode fugir a

essa questão, pois teria que ser bem

debatida, uma vez que tem que ver

com a ligação entre Lisboa e Porto,

que contribuirá para a coesão nacional

e articulará com a rede convencional,

depois a extensão ao Aeroporto

Francisco Sá Carneiro e a ligação de

Braga para Valença. Numa terceira

fase, quando abordarmos o troço do

Carregado a Lisboa, esta terá que ter

sequência com o investimento na

quadruplicação da Linha de Cintura

(de Lisboa) e em função da localização

do novo Aeroporto de Lisboa. Só

depois poderemos olhar para estes

investimentos, incluindo o tema da

nova travessia do Tejo de uma forma

integrada. Só depois de 2030 falaremos

da ligação a Madrid, o que não invalida

que comecemos a trabalhar nisso antes.

A partir do investimento que estamos

a fazer no Corredor Internacional Sul,

e de um troço que já existe, e que

permite velocidades até 250 km/h,

poderemos ter essa ligação. Não é a

que desejaríamos, mas que, e com

o investimento que os espanhóis

prevêem realizar do seu lado, temos a

possibilidade de ligar as duas capitais

em pouco mais que cinco horas.

e-MOBILIDADE 25

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