OPINIÃOAntónio Gonçalves Pereira» Programas comunitários departilha de veículosPodemos estar a falar de automóveis,de ciclomotores, de bicicletas oumesmo de furgões de mercadorias.Ou até de frotas multimodais, consoanteas necessidades da comunidadepreviamente diagnosticadas.Normalmente acontece uma utilizaçãode curto prazo, por hora ou porquilómetro. Esses programas permitemque os membros da comunidadeutilizem os veículos quando necessário,sem as despesas, complicações epegada inerentes à produção e posseindividual.Para reduzir ainda mais as emissões,sobretudo as de produção, e também oscustos de implementação destes programas,o próprio Estado pode criar programasde incentivo à conversão paraelétricos de veículos já existentes, e paraa sua reutilização por estas plataformascomunitárias.» Centros de mobilidade comunitáriaPodem operar como locais centralizadosonde convergem várias opçõesde transporte, incluindo veículospartilhados, bicicletas, paragens detransporte público e comodidadescomo estacionamento e oficina debicicletas, estações de carregamentode veículos elétricos e pontos derecolha de transporte partilhado.Estes centros proporcionam ligaçõescontínuas entre diferentes modos detransporte, melhoram a acessibilidadee incentivam as viagens multimodais,promovendo a mobilidade sustentávele eficiente dentro da comunidade.E podem não só servir debase para os veículos comunitários,como tambémprestar serviços, como carregamentoou manutenção,para os veículos particularesdos seus membros.» Plataformas de boleias epartilha de viagensEstas iniciativas comunitárias,normalmente facilitadasatravés de plataformasonline, conectam indivíduosque viajam na mesmadireção, permitindo-lhescompartilhar viagens e reduzircustos de transporte.Ao incentivar a partilha de viagens,as comunidades podem aliviar ocongestionamento do tráfego, reduziras emissões e melhorar as ligaçõessociais entre os residentes.» Serviços de transporte conduzidospor voluntários:Podem servir para ajudar residentes,especialmente idosos, pessoas comdeficiência ou pessoas com mobilidadelimitada, no acesso a serviços eatividades essenciais. Os motoristasvoluntários podem utilizar os seusveículos pessoais ou os comunitáriospara fornecer transporte porta-a-portapara consultas médicas, comprasde supermercado, passeios sociais eoutras necessidades, preenchendolacunas nos serviços tradicionais detransporte público e promovendoum sentimento de apoio e solidariedadecomunitários. E esta pode sertambém uma solução de empregotemporário ou extra para elementosda comunidade em fase de necessidade.Quanto à vertente energética paraalimentar, não só estes serviços de mobilidade,como as restantes necessidadesda comunidade e seus elementos, a captaçãodeverá prioritariamente aproveitarespaços já construídos, como as coberturasde grandes espaços. A distribuiçãodeverá funcionar preferencialmente emformato de micro-rede, independenteda rede nacional, que deverá ser encaradacomo backup. Para isso é necessárioapostar também em armazenamento,com a inclusão nos projectos de bateriasestacionárias, como as de sódio, porexemplo. Estas soluções podem tercomo base associações e instituiçõeslocais das mais diversas tipologias, mastambém as freguesias, municípios ouaté mesmo as comissões de coordenaçãoe desenvolvimento regionais.Ao aproveitar os recursos energéticos, aexperiência e a colaboração da comunidade,pode-se desenvolver soluções demobilidade integradas que sejam ambientalmentesustentáveis e socialmenteequitativas. Estas iniciativas podemmelhorar o acesso a opções e serviçosde transporte à medida das necessidadesde cada cidadão a cada momento.E, como isso, reduzir as emissões degases com efeito de estufa, os congestionamentosde trânsito e contribuirpara a resiliência geral e o bem-estar dacomunidade.Este será o tema de uma sessão quea Ecomood e a Zero estão a prepararpara as Jornadas Pela DemocraciaEnergética, que acontecerão a 11 e 12de Maio, no Liceu Camões, em Lisboa.Pode saber mais sobre o evento e inscrever-separa participar em democracia-energetica.pt.Nota: este artigo está escrito em português dePortugal, apenas com as evoluções do (des)acordo ortográfico que me fazem sentido.62 e-MOBILIDADE
Preparados para um futuromultitecnológico e sustentávelFOR ABETTERLIFEDescubrao mundoda Irizar