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Revista eMOBILIDADE+ Nº 6

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

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OPINIÃO

João Reis Simões

GRÁFICO 6 – PONTOS PARA OS 4 TRAJECTOS

Foi escolhida a solução D pois proporcionava

uma muito boa redução do

consumo de combustível (27,1 %) e

uma muito boa redução do tempo de

trajeto.

2.ÂMBITO DE ATUAÇÃO DAS

AUTORIDADES REGULADORAS E

DAS AUTARQUIAS

As Autoridades Reguladoras e, na época

atual, as Autarquias também devem

tomar decisões que permitam melhorar

a qualidade do Serviço de Transporte

Público Colectivo de Passageiros

e, se possível reduzir o consumo específico

de energia, que proporcionará

redução das emissões poluentes.

Parece conveniente que a duração dos

contratos seja a da vida útil dos autocarros,

mas eventualmente tal cálculo não

existe.

2.1.Corredores BUS

O corredor BUS – O termo BUS não deriva

da designação dada no Reino Unido

aos autocarros, mas é um termo romano

que significa colectivo, usando-se no

âmbito dos transportes – é uma solução

que permite o aumento da velocidade

média de circulação porque a faixa de

rodagem é exclusiva – Na realidade, em

Lisboa começou por ser exclusiva, mas

a partir de certo momento foi aprovado

que pudesse ser utilizado por táxis e,

posteriormente, por certo tipo de motorizadas,

o que em minha opinião foi

um erro – para os modos de transporte

colectivo.

2.1.1.Em meio urbano

A sua utilização em meio urbano, como

é o caso de Lisboa, tem-se mostrado

muito boa, mas ao longo dos anos a

Câmara Municipal de Lisboa mostrou-

-se muito restritiva na aprovação das

propostas que a CARRIS apresentava

regularmente. Espero que agora que

a CML é dona da CARRIS a situação

esteja mais favorável.

A velocidade média global dos autocarros

da CARRIS era de 14 km/h mas,

para os autocarros que circulam em carreiras

onde há trajetos com corredores

BUS, a velocidade média é de 21 km/h,

isto é 50 % superior.

Tendo em consideração a curva apresentada

no Gráfico 5, podemos calcular

qual a redução do consumo de combustível

(Gráfico 7).

GRÁFICO 7 – PONTOS PARA VIAS

BANALIZADAS E CORREDORES BUS

A redução do consumo específico é

de 17,3 %.

Note-se que, para o utilizador do sistema

de transportes, a uma mais elevada

velocidade de circulação corresponde

um menor tempo da viagem, o que é do

seu agrado e corresponde a uma melhoria

da qualidade do serviço.

2.1.2. O caso particular da A5

Como na Conferência foi referida esta

possibilidade que vem sendo prosseguida

pela Câmara Municipal de Oeiras

não pude deixar de relembrar uma

situação que ocorreu na CARRIS por

volta de 1980.

O Secretário de Estado do Transportes

da altura decidiu comprar 12 autocarros

para criar uma carreira entre Santa

Apolónia e o Aeroporto da Portela,

tendo perguntado ao Presidente do

Conselho de Administração da CARRIS,

Eng.º Consiglieri Pedroso, se a empresa

queria explorar tal linha. Como é óbvio,

a resposta foi afirmativa.

Iniciada a exploração da linha, verificou-se

passados cerca de 4 meses que os discos

das embraiagens tinham de ser substituídos.

Note-se que se tratava de autocarros

com embraiagens mecânicas, situação que

a CARRIS nunca tinha tido pois desde

o início da utilização de autocarros em

Lisboa (1944), a Gestão inglesa tinha introduzido

embraiagens hidráulicas.

Reagindo a esta situação de inadequação

dos autocarros ao serviço urbano,

54 e-MOBILIDADE

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