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Revista eMOBILIDADE+ Nº 6

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

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ESTUDO

As opções de micromobilidade

elétricas contribuem ativamente

para a sustentabilidade das

cidades e, segundo um estudo da

Ageas Portugal, já constituem a

escolha de 14% dos cidadãos

residentes nos grandes

centros urbanos

O

impacto da degradação

da qualidade do ar na

saúde pública é infelizmente

uma realidade

global, especialmente nas

grandes cidades. Este panorama, em

conjunto com as exigentes e crescentes

pressões ambientais, ajudou ao início

do processo de desincentivo da utilização

do automóvel. A chave para a solução

deste problema reside em boa parte

na capacidade de gerar mais inovação

nesta área, e com isso providenciar

às pessoas opções comparativamente

melhor do que o meio de transporte

próprio.

O conceito de micromobilidade é relativamente

recente e refere-se aos meios de

transporte utilizados para percorrer distâncias

curtas, como sendo os primeiros

ou últimos quilómetros de um trajeto.

Este termo, diretamente relacionado com

a mobilidade partilhada, veio redefinir

e atualizar, uma vez mais, a indústria

da mobilidade. As estradas das grandes

Cada vez existe mais informação a circular,

tendo de haver um grande desenvolvimento

tecnológico das infraestruturas para garantir a

capacidade de recolher, processar e partilhar os

dados entre todos os utilizadores

cidades que eram apenas ocupadas por

carros, dividem agora o espaço com ciclovias

por onde passam constantemente

bicicletas, trotinetes elétricas, e outros

veículos leves.

Temos vindo a assistir a uma sensibilização

generalizada e crescente para

a utilização de meios de transporte

económicos e amigos do ambiente,

capazes de deslocar as pessoas dentro

dos centros urbanos de forma eficiente

e sustentável. As cidades voltaram a

moldar-se e surgiram pistas para estes

veículos em vários locais – uma adaptação

que trouxe agilidade a todos aqueles

que escolheram mudar as suas rotinas

de transporte. Mas, além de mais económicos,

o que trazem as bicicletas e as

trotinetes?

As opções de micromobilidade elétricas

contribuem ativamente para a sustentabilidade

das cidades e, segundo um

estudo da Ageas Portugal, já constituem

a escolha de 14% dos cidadãos residentes

nos grandes centros urbanos. Optar

por estas soluções é optar, muitas vezes,

por uma deslocação mais eficiente e com

consideráveis reduções nas emissões de

CO 2

, traduzindo-se num menor impacto

ambiental. É inegável que a crescente

utilização das bicicletas e das trotinetes

trouxe também alguns desafios, sobretudo

ao nível da segurança e da organização.

Contudo, tendo já percorrido este

caminho, a solução não poderá passar

por descartar estas opções verdes, mas

sim criar condições para o seu correto

usufruto: com a obrigatoriedade de

uso de capacetes e a criação de espaços

específicos para largar e apanhar estes

veículos, por exemplo.

Com os avanços tecnológicos, a micromobilidade

vem juntar-se também

à rede de transportes públicos, contribuindo

para cidades cada vez mais inteligentes.

Atualmente, não é incomum

que a rotina de um residente de um

centro urbano seja sair de casa, andar

de bicicleta elétrica até um local estratégico

e fazer a ligação com um modo de

transporte público. Esta visão de uma

cidade que contempla interconexão

entre diferentes serviços de mobilidade,

todos eles digitalizados e conectados,

chama-se smart city.

Segundo a Comissão Europeia, as smart

cities vão além da utilização de tecnologias

digitais, incluindo também um

melhor uso dos recursos, menos emissões

e uma rede de transportes urbanos

mais inteligente. Assim, torna-se claro

que o sucesso destas cidades depende

diretamente da disponibilidade e da

eficiência das tecnologias e do uso da

informação, o que é um grande desafio

para os governos. Cada vez existe mais

informação a circular, tendo de haver

um grande desenvolvimento tecnológico

das infraestruturas para garantir

a capacidade de recolher, processar e

partilhar os dados entre todos os utilizadores,

condição fundamental para apps

que juntam informações em tempo real

de vários meios de transporte.

A micromobilidade veio mesmo para

ficar e promete colocar os centros

urbanos um passo à frente no que

toca às nossas rotinas de transporte e

à inovação. Numa fase em que cada

vez mais se fala no uso sustentável de

recursos e na proteção do ambiente,

esta é uma das opções decisiva para

aqueles que querem, de facto, fazer a

diferença.

e-MOBILIDADE 69

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