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Revista eMOBILIDADE+ Nº 6

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

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A redução dos tarifários dos transportes públicos e a gratuitidade de alguns títulos de

redes concelhias e em áreas metropolitanas mereceu consenso e aplauso dos 20 oradores

e especialistas em transportes, dirigentes e académicos convidados para discutir o

tema “A Gratuitidade nos Transportes Públicos”. Ficámos a saber que tal gratuitidade

generalizada é algo ainda distante das possibilidades do país e dos municípios, pois

requer muitos meios financeiros, outras fontes de financiamento, um plano integrado de

transportes e um grande trabalho de linha e agulha para garantir a contiguidade de todo

o território. A sessão realizou-se a 13 de março, em Oeiras, município que se associou à

organização, tal como a Parques Tejo.

Texto Carlos Branco // Fotos Rogério Grilho

ISALTINO MORAIS

“Antes de se tomarem decisões há

que ponderar as questões e a própria

uniformidade das medidas, pois terá

que haver coerência, caso contrário

não dão resultados”

O

novo paradigma dos

transportes públicos,

descrito como uma

“revolução”, tem muito

mais a desenvolver e a

melhorar, e apesar do número crescente

de utentes faz-se eco da necessidade

de atrair mais cidadãos ao transporte

coletivo, para a urgente melhoria ambiental,

retirando o transporte privado

das estradas e arruamentos. Mas para

isso haverá que dar mais qualidade e

conforto aos transportes públicos, regularidade

e previsibilidade de horários

e frequências. Sendo que menos tempo

perdido em deslocações será também

sinónimo de fortalecimento económico

das regiões e do país e fator de atração

de novos e mais utentes.

A gratuitidade ou redução tarifária

segmentada dos títulos – seja para residentes,

idosos e estudantes – não deve

voltar atrás, uma vez considerada ação

adequada à prossecução dos objetivos

primeiros da medida: descarbonização

ambiental, descongestionamento

urbano, melhoria da qualidade de

vida dos cidadãos. Mas admite-se que

aquelas poderão ser alargadas a mais

territórios e a outros grupos de utentes

mais necessitados. Todavia, não pode

ser entendida como um fim, mas apenas

um meio para lá chegar. Em todos os

grupos de discussão ouviu-se que a

gratuitidade é bem-vinda, mas garanti-

-la, de forma universal, a todos, requer

meios que não estão ainda ao dispor do

país. Daí que seja necessário procurar

novas formas de financiamento, que

não passem apenas pelas receitas da

bilhética, do Orçamento do Estado e

dos programas europeus de apoio. Em

pensamento poder-se-ia ouvir de cada

38 e-MOBILIDADE

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