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Revista eMOBILIDADE+ Nº 6

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.

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CONFERÊNCIA

Transportes Públicos

do eu era jovem ia de aucarro para a

escola. Hoje, todos os pais querem levar

os filhos de carro até à porta da sala de

aula.”

Para Rui Rei, da Parques Tejo, a penalização

do transporte individual em Oeiras

terá que ser cada mais uma realidade.

“Há muito a mudar, a começar pelo

estacionamento, pois o planeamento urbano

não se coaduna com arruamentos

cheios de carros. E era bom que o novo

Governo dissesse à Brisa que tem que

resolver o problema da A5, que está a

condicionar o desenvolvimento de Oeiras.

Precisamos de ter espaço dedicado

para transporte público e estamos a

tratar do BRT, da LIOS [Linha Intermodal

Sustentável] e do SATU [Sistema

Automático de Transporte Urbano], este

há muito abandonado, e que deveria

ligar Paço de Arcos ao Cacém, passando

pelos vários parques empresariais de

Oeiras.

Projetos, também, mas em Cascais, passam

pela descarbonização total da frota

de transportes públicos e de recolha de

resíduos. Nuno Piteira Lopes disse que,

em 2027, toda ela deverá ser movida a

hidrogénio.

POLÍTICAS DE FINANCIAMENTO

DE GRATUITIDADE DOS SERVIÇOS

Mas como se financia isto? Foi a questão

lançada pelo moderador da mesa de

debate por Nuno Soares Ribeiro (VTM).

João Teixeira, do IMT, abordou o caso

É preciso olhar para o território à escala

metropolitana, na perspetiva de interligar as

redes nos interfaces – que têm que ser bons. A

gratuitidade é importante, não é fundamental

de Oslo, que financia o ecossistema

de transportes públicos com o valor

das portagens de acesso ao centro da

cidade. E António Torres (CIM Lezírias)

advertiu que a medida do PART, mesmo

que bem-vinda, não aterrou em todo o

território por igual. “Nas Áreas Metropolitanas

isso foi excelente, mas nos

territórios de baixa densidade geram-se

grandes assimetrias, pelo que considero

que a política de financiamento deve

ser estatal e universal. Se temos nove

milhões de euros de receita de bilhética

anual, já em termos ambientais a renovação

[descarbonização] de toda a frota

custaria 75 milhões de euros.”

Para Adriano Sousa (CM Vila Real), “os

beneficiários indiretos do investimento

em transportes públicos deveriam ser

chamados a participar no esforço.” E

quem são eles? Comerciantes, automobilistas

e o ramo do imobiliário, já que

ter paragens e saídas de metro fronteiros

às habitações valoriza qualquer

negócio. “Mas aí é o Governo que tem

de atuar, pois não nos cabe atribuir

contribuições ou impostos seja a quem

for. Atualmente, o financiamento é

público. E não dá para tudo. Para descarbonizar

toda a frota de TP - segundo

um estudo da Autoridade Metropolitana

de Transportes -, seriam necessários

3000 milhões de euros.”

António Torres disse ter uma receita

para captar mais utentes para os TP:

“Basta dizer a alguém que para chegar

ao trabalho às 8h bastar-lhe-á levantar-

-se às 7h e que terá uma via rápida para

o autocarro, viajando com qualidade e

conforto, dispondo em casa de meios

para escolher a bilhética e aceder a

informação fidedigna e confiável sobre

os horários e carreiras.”

42 e-MOBILIDADE

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