Revista eMOBILIDADE+ Nº 6
A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.
A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.
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OPINIÃO
João Reis Simões
Os valores não podem ser somados, pois
não são, geralmente, independentes.
Muitos outros factores poderão ser
listados.
1.2.2.Pressão de enchimento dos
pneus
Os pneus suportam o peso total do
autocarro, para o que têm dadas dimensões
e são enchidos a uma pressão
definida pelo respectivo construtor.
O seu papel é importantíssimo no que
concerne à segurança da circulação,
pois a capacidade de travagem do autocarro
depende do coeficiente de atrito
entre o pneu e o pavimento, o que
pode variar, reduzindo-se se tanto o
pavimento como o pneu não estiverem
em bom estado. No pneu, tal depende
da altura da banda de desgaste, pelo
que deve ser medida regularmente, por
exemplo uma vez por mês.
A pressão de enchimento, por seu lado,
influencia a segurança, mas também o
consumo de energia, pelo que deve ver
verificada com a periodicidade anteriormente
indicada.
1.2.3.Lavagem exterior do radiador
A eficiência do motor é influenciada
por vários factores, alguns dos quais de
difícil controlo. A limpeza exterior do
radiador é um desses factores pelo que
a lavagem deve ser feira regularmente e
intensificada no período mais chuvoso
ou quando são utilizadas estradas com
piores situações de limpeza, pelo que
deve ser estabelecida uma periodicidade
de execução apropriada.
1.2.4.Colmatagem do filtro de ar
Para queimar o combustível, o motor
necessita de ar. Nos motores de ciclo
Otto – gasolina, gás natural - o ar é admitido
já misturado com o combustível
mas, nos motores de ciclo Diesel – gasóleo,
biodiesel – é apenas admitido ar.
Se o filtro de ar estiver colmatado não
irá ser admitida a quantidade suficiente
para que todo o combustível admitido
no motor seja queimado. Será, assim,
gasto combustível que não será útil
para o movimento do veículo e, ainda,
será produzida emissão de gases mais
prejudicial à saúde e ao ambiente.
É recomendado que o estado de colmatagem
do filtro de ar seja verificado
Em 1983, como Técnico da CARRIS,
lancei o Projeto de redução do consumo
de combustível dos autocarros, que veio a
dar bons resultados nos anos seguintes
a cada 60.000 km.
Alguns veículos estão equipados com
um indicador de colmatagem, que
facilita a detecção de anomalia.
1.2.5.Bomba injectora e injectores
O sistema de injeção do combustível,
que é diferente conforme o tipo de
ciclo termodinâmico de funcionamento
do motor, é fundamental para o funcionamento
mais eficiente do motor,
pelo que deve ser alvo de operações de
manutenção preventiva, sistemática ou
por diagnóstico.
TABELA 3 – DADOS DA ACÇÃO DE FORMAÇÃO EM CONDUÇÃO ECONÓMICA
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1.2.6. Auditoria Energética e Plano
de Racionalização do Consumo de
Energia
As empresas cujo consumo de energia,
num dado ano, seja superior a 500
toneladas de equivalente petróleo (tep)
estão abrangidas pelo Regulamento de
Gestão do Consumo de Energia para o
Sector dos Transportes aprovado pela
Portaria nº 228/90 de 27 de Março.
Esse Regulamento obriga as empresas a
executarem uma Auditoria Energética
e a conceberem um Plano de Racionalização
do Consumo de Energia cuja
meta é uma redução de 5 % do consumo
específico, relativamente ao ano de
referência.
O trabalho deverá ser realizado por
Técnico reconhecido pela Direção-Geral
de Energia e Geologia.
Entre muitas medidas de gestão e,
eventualmente, alguns investimentos,
deve salientar-se a formação em condução
económica dos Motoristas.
1.2.6.1.Formação dos Motoristas
O Plano de Racionalização concebido
em 1983, na CARRIS, sob minha
direção, incluíu ações de formação dos
Motoristas.
Cada ação foi desenvolvida para 15
Motoristas, sendo constituída por uma
sessão em sala em que era escolhido
um Motorista que se considerasse
como bom e que seguidamente conduzia
um autocarro, onde iam os colegas,
numa das carreiras da CARRIS, conduzindo
ao seu estilo, efetuando paragens
como no serviço normal.
Eram registadas as aplicações do
retardador (travão auxiliar), do travão
pneumático, o tempo e a distância
percorrida e o consumo total de
combustível.
Seguia-se, de novo em sala, uma sessão
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