Revista eMOBILIDADE+ Nº 6
A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.
A revista eMobilidade + Dedica-se, em exclusivo, à mobilidade de pessoas e bens, nos seus vários modos de transporte (rodoviário, ferroviário, aéreo, fluvial e marítimo), conferindo deste modo espaço aos mais proeminentes “stakeholders” do setor, sejam eles indivíduos, empresas, instituições ou entidades académicas.
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OPINIÃO
Inês Sarti Pascoal
OBSERVAÇÕES
EM LISBOA
OBSERVAÇÕES
NO MONTIJO
INVESTIGAÇÃO
A existência de dados desagregados
por género assume-se como um
domínio essencial para compreender
o estado da mobilidade, em
particular da bicicleta
OBSERVAÇÕES
EM SETÚBAL
OBSERVAÇÕES
EM VILA FRANCA DE XIRA
Das observações realizadas, notou-se
ainda que crianças, mulheres e idosos
desmontam, por vezes, da bicicleta
para passar em infraestruturas cicláveis
que cruzam a rodovia. Esta observação
revela falta de confiança na infraestrutura
ciclável existente, possivelmente
por não seguir as melhores práticas
para infraestruturas cicláveis, sendo
que a segurança rodoviária e confiança
na infraestrutura poderia ser um dos
focos das das políticas e campanhas de
promoção da bicicleta.
PERSPECTIVA DE GÉNERO NAS
POLÍTICAS DE MOBILIDADE
A existência de dados desagregados
por género assume-se como um
domínio essencial para compreender
o estado da mobilidade, em particular
da bicicleta, onde existem grandes
disparidades entre homens e mulheres.
As mulheres têm barreiras e motivadores
específicos para a adoção da
bicicleta nas suas deslocações quotidianas,
como os relativos aos padrões de
viagem, segurança rodoviária, infraestruturas
cicláveis, assédio ou contexto
social.
A incorporação de perspectiva de
género no planeamento dos sistemas
de transportes e mobilidade visa
não apenas a igualdade de género
na mobilidade urbana em bicicleta,
mas também a eficácia das próprias
medidas e infraestruturas cicláveis
implementadas, promovendo a sua
maior utilização por mais pessoas. O
estudo das preferências e necessidades
das mulheres, a promoção de ambientes
urbanos seguros e a consideração
das experiências específicas de género
parecem ser factores-chave para
reduzir as desigualdades de género na
utilização da bicicleta como meio de
transporte.
Caberá às entidades com responsabilidade
na área da mobilidade adotar este
tipo de política, desde a nível nacional,
com o IMT, a AMT, a ANSR, mas
também a nível regional, com a TML,
culminando nas próprias câmaras da
AML, até porque todas têm planos para
a igualdade de género.
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