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o negro na universidade

O Negro na Universidade - Universidade Estadual de Londrina

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Zulu Araújoque existem dois segmentos <strong>na</strong> sociedade brasileira que podem resolveresse problema para a emissora ou para quem tiver dúvida. O primeiroé o soldado de polícia, que sabe identificar perfeitamente quem é <strong>negro</strong><strong>na</strong> hora de botar no camburão. O segundo é o porteiro de edifícioque, para mandar um <strong>negro</strong> entrar pelo elevador de serviço, faz aidentificação rapidamente. É evidente que isso é uma caricatura, masessa caricatura é bem posta diante da caricatura que a emissora tentafazer dessa realidade brasileira.Concluindo, o papel da Fundação Palmares é didático. Este é oquinto seminário realizado sobre a questão das cotas. A discussão já foifeita de forma direta com 2.500 pessoas. De forma indireta também pormeio de jor<strong>na</strong>l e televisão. Portanto, não se pode mais dizer que não hádebate, ou que não há maturidade, no Brasil, em relação a este assunto.Gostaria, ainda, de registrar mais algumas conquistas doMovimento Negro. A Diplomacia brasileira tem 1% de <strong>negro</strong>s no seuquadro, todos com cargo de terceiro secretário para baixo. Como nãohá nenhum diplomata <strong>negro</strong>, o Brasil passou a ter dificuldades derelacio<strong>na</strong>mento com os países africanos. A situação ficou constrangedora,pois não havia forma de explicar a razão de um país formado por45% de <strong>negro</strong>s possuir ape<strong>na</strong>s diplomatas brancos. O Brasil possui amaior população negra do mundo fora do continente africano.A Fundação Cultural Palmares e o Instituto Rio Branco criaramo Programa Bolsa-Prêmio que tem gerado resultados positivos. Outraboa notícia é a provável implementação, pelo governo, do Estatuto daIgualdade Racial.O Movimento Negro encontrou no Ministério da Educaçãouma das instituições mais conservadoras e mais difíceis de sensibilizarcom relação à questão racial. Ape<strong>na</strong>s agora conseguimos aprovar esancio<strong>na</strong>r pelo presidente da República a inclusão da História da Áfricae da Cultura africa<strong>na</strong> <strong>na</strong> grade curricular brasileira 1 . Houve dificuldades1Lei 10.639/03.150

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