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o negro na universidade

O Negro na Universidade - Universidade Estadual de Londrina

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Ação afirmativa no ensino superiorantes da guerra do Paraguai, 1866, perfazia quase dois terços dapopulação <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l, contados escravos e livres. Ao tempo da abolição,maio de 1888, a população negra não-escrava, segundo Chiave<strong>na</strong>to 8 ,perfazia 50,1% da população brasileira contra 9% de escravos, jácomputado o extermínio de <strong>negro</strong>s durante a guerra do Paraguai, deforma que, em 1872 a população negra havia-se reduzido em 60% doseu total anterior àquela guerra.A formação da população negra escrava, abastecida até 1831pelo tráfico negreiro, não se caracterizava pelo equilíbrio entre homense mulheres. Ao contrário, Florentino traz em seu trabalho descrições efatos históricos que revelam serem os homens, entre 10 e 34 anos, ogrosso do contingente de importados <strong>na</strong>quele período. As mulheres,mais caras para a compra no continente africano, em razão de suautilidade social <strong>na</strong>quelas sociedades de base rural, além do seu papel <strong>na</strong>manutenção da espécie pela a reprodução, comercialmente tinhammenor valia para o trabalho rural <strong>na</strong> Colônia e Império brasileiros.Assim, havia uma desproporção de até 40% entre homens e mulheresescravos, noticiada no Rio de Janeiro no início do século XIX. Ainda,a reprodução <strong>na</strong>s fazendas escravocratas não era um produto de ganhosignificativo, segundo a lógica econômica do período, até aquela data. 9Entretanto, a partir de 1831 até 1850, com o fechamentocompleto dos portos por <strong>na</strong>vios ingleses, o que limitou definitivamenteo contrabando da “mercadoria” huma<strong>na</strong> e sua entrada em nossosportos, mais e mais a reprodução tornou-se o caminho do lucro e damanutenção do patrimônio – reprodução do plantel de escravos –agora que a compra tor<strong>na</strong>va-se mais e mais difícil.Somente as mulheres geram “crias”. A reprodutividade/fertilidade das mulheres escravas tornou-se, no dia-a-dia das relações8CHIAVENATTO, Júlio, O <strong>negro</strong> no Brasil. São Paulo: Brasiliense, 1986. p. 226 a 229.9FLORENTINO. Manolo. Em Costas ... citado. p. 55-58. Ver igualmente SKIDMORE,Thomas. Preto no Branco. Raça e Nacio<strong>na</strong>lidade no Pensamento Brasileiro. Trad. Raulde Sá Barbosa. Rio de Janeiro: Paz e Terra. 1976.57

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