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o negro na universidade

O Negro na Universidade - Universidade Estadual de Londrina

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Ação afirmativa no ensino superiorO Direito Brasileiro realizou a divisibilidade (da liberdade) localpor suas leis de libertação do ventre, <strong>na</strong>da mais que a mulher livreno ventre, escrava no resto de seu corpo. [...]. Se <strong>na</strong>scem escravosos filhos de escravas com ventre escravo, <strong>na</strong>scem livres os filhosde escravas com ventre livre. Essa regra também está salva porque,se o parto é escravo seguindo o ventre materno, o parto é livreseguindo o ventre livre. 10O texto acima é marco <strong>na</strong> formação das relações raciais brasileirasque se estabelecem ao longo do período colonial e imperial escravista,as quais apresentam seu ponto forte de inter-relações e apreensões, <strong>na</strong>segunda metade do século XIX, com os procedimentos de montagemda nova estrutura político-econômica a fim de vencer a mudança parao trabalho livre.Em face dos processos revolucionários e de reorganizaçãoeconômica da Europa e Estados Unidos, no primeiro cinqüentenáriodos anos 1800, os estados periféricos haviam de se adaptar aos novosventos econômicos e o escravismo <strong>na</strong>s Américas formava o traço maisforte e, ao mesmo tempo, mais ameaçador para o novo sistema que semontava. Ainda, e próprios do mesmo processo, a partir de 1850novos interferentes se estabeleceram no cenário, deixando maisfragilizadas as economias centrais que deveriam, para sua própriamanutenção, fortalecer a exploração e o domínio sobre os paísesperiféricos – e até hoje – fornecedores de matéria-prima. O socialismo,com os trabalhos de K. Marx e F. Engels, a Revolução Industrial e ocrescente empobrecimento dos trabalhadores europeus que abrem umdos maiores processos migratórios modernos, como também aempreitada colonialista <strong>na</strong> África, devem ser referidos. No plano doconhecimento, o movimento positivista, <strong>na</strong>s ciências, muitoespecialmente <strong>na</strong>s ciências sociais, são alguns dos momentos de crise erevolução, a determi<strong>na</strong>r uma reorganização do capitalismo.10NEQUETE. Lenine. Op. Cit. p. 128.59

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