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o negro na universidade

O Negro na Universidade - Universidade Estadual de Londrina

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Ação afirmativa no ensino superiorou mais simplesmente, da aritmética, vemos que o IDG (Índice deDesenvolvimento Ajustado ao Gênero) da população negra obtémíndices denotativos de pior qualidade de vida, se tomados os referentes doIDH (Índice de Desenvolvimento Humano), quais sejam educação,expectativa de vida e renda per capita, ficando 24 pontos acima, ou pior,do que o índice <strong>na</strong>cio<strong>na</strong>l; por outro lado, o IDG para a população brancaapresenta, relativamente ao índice geral, 19 pontos abaixo, ou melhor, descepara a 48ª posição, junto com os países considerados desenvolvidos.Na continuidade de seu trabalho, Sant’an<strong>na</strong>, demonstrando cadaum dos referenciais utilizados para a determi<strong>na</strong>ção do Índice deDesenvolvimento Humano, mostra que a expectativa de vida de homense mulheres brancos está em índices acima dos verificados para homense mulheres <strong>negro</strong>s e, igualmente, para os <strong>negro</strong>s em sua totalidade:Homens brancosMulheres brancasHomens afrodescendentesMulheres afrodescendentes69 anos71 anos62 anos66 anosÉ o mesmo Instituto Brasileiro de Estatística, órgãogover<strong>na</strong>mental, que nos apresenta a disparidade dos dados referentesà mortalidade infantil e mortalidade de crianças brancas e negras até os5 anos de idade. O demógrafo Celso Simões 53 , do IBGE, apresentaestudos sobre a mortalidade infantil, com base nos dados da PNAD1996, de acordo com os quais “até os 5 anos, crianças negras e pardastêm 67% mais chances de morrer do que uma branca”. O estudodemonstra que a taxa de mortalidade infantil é muito alta – 37 mortesantes de um ano de idade em cada mil <strong>na</strong>scidos vivos – em razão dadesigualdade econômica brasileira. Há, entretanto, outro fator igualmenteinterferente <strong>na</strong> taxa de mortalidade de crianças brasileiras, a raça/cor:53SIMÕES, Celso fez estudos sobre desigualdade racial a partir do resultado daPNAD 1996 – IBGE. Folha de São Paulo, 16 de novembro de 1998, p. 4.1.85

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