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A Felicidade Revisitada: Um estudo sobre o bem-estar - Instituto de ...

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V – Discussão e Conclusões<br />

correlação negativa entre “Grau <strong>de</strong> <strong>Felicida<strong>de</strong></strong>” e “Controle Externo” (r=0,326; p ≤<br />

0,01). Além disso, a aplicação <strong>de</strong> um teste mais robusto e <strong>de</strong> caráter inferencial como<br />

o Kruskall-Wallis indicou, conforme vimos nas tabelas 18 e 19, os graus <strong>de</strong> Controle<br />

Interno e Externo como discriminantes em relação à variável <strong>Felicida<strong>de</strong></strong> (H= 16,82; p ≤<br />

0,005) e (H= 13,93; p ≤ 0,016), respectivamente, porém em sentidos opostos. Em<br />

outras palavras, isso significa que, na amostra estudada, quanto maior a sensação <strong>de</strong><br />

controlar sua própria vida (locus <strong>de</strong> controle interno) o indivíduo apresentou, maior<br />

também foram seus níveis <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong>, enquanto que o controle externo manteve<br />

com a variável felicida<strong>de</strong>, enquanto que o controle externo manteve com a variável<br />

felicida<strong>de</strong> uma relação inversamente proporcional. Consi<strong>de</strong>rando o tamanho da<br />

amostra, não seríamos levianos ao afirmar que quanto maior o locus <strong>de</strong> controle<br />

interno do indivíduo, maiores suas chances <strong>de</strong> ser uma pessoa feliz. No entanto<br />

estamos cientes <strong>de</strong> que afirmações mais contun<strong>de</strong>ntes nesse sentido, careceriam <strong>de</strong><br />

uma amostra mais diversificada. Ainda assim, não nos parece pru<strong>de</strong>nte subestimar a<br />

importância do locus interno nos níveis <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> <strong>de</strong> um indivíduo. Existe em nossa<br />

cultura a falsa idéia <strong>de</strong> que a pessoa feliz é aquela que nasceu pre<strong>de</strong>stinada ou como<br />

popularmente costuma ser dito, nasceu “virada para a Lua”. Essa maneira <strong>de</strong> pensar<br />

que atrela a felicida<strong>de</strong> à sorte ou acaso, além <strong>de</strong> ter sido <strong>de</strong>scartada por nossa<br />

pesquisa (H= 4,224 p ≤ 0,518), conforme mostram as tabelas 20 e 21, subestima o<br />

papel do indivíduo na construção <strong>de</strong> sua própria felicida<strong>de</strong>. Por outro lado, a hipótese<br />

comprovada nos parece bastante compreensível uma vez que é lógico supormos que,<br />

em geral, o indivíduo que acredita controlar sua vida, também acredita na felicida<strong>de</strong><br />

como resultado <strong>de</strong> seu esforço, <strong>de</strong>dicando-se, assim, muito mais à sua conquista.<br />

V – Discussão e Conclusões<br />

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