A Felicidade Revisitada: Um estudo sobre o bem-estar - Instituto de ...
A Felicidade Revisitada: Um estudo sobre o bem-estar - Instituto de ...
A Felicidade Revisitada: Um estudo sobre o bem-estar - Instituto de ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
1.2. Virtu<strong>de</strong>, Caráter e Forças Pessoais<br />
68<br />
1.2. Virtu<strong>de</strong>, Caráter e<br />
Forças Pessoais<br />
De acordo com Seligman (2004) a principal suposição da Psicologia Positiva é<br />
a idéia do bom caráter. Em seu dicionário <strong>de</strong> Psicologia, Corsini (2002, p.155) <strong>de</strong>fine<br />
caráter como sendo:<br />
“A totalida<strong>de</strong> <strong>de</strong> qualida<strong>de</strong>s ou traços, particularmente no tocante<br />
a características morais, sociais e atitu<strong>de</strong>s religiosas <strong>de</strong> uma<br />
pessoa. Chamamos <strong>de</strong> caráter àquilo que uma pessoa, <strong>de</strong> fato, é,<br />
e <strong>de</strong> personalida<strong>de</strong>, àquilo que ela parece ser”.<br />
[Tradução livre]<br />
Deixado <strong>de</strong> lado pela Psicologia, o caráter, assim como a virtu<strong>de</strong> e a própria<br />
felicida<strong>de</strong> humana, acabaram sendo apropriados por outras áreas do conhecimento<br />
que variavam do senso comum ao pensamento religioso. Contudo, nem sempre foi<br />
assim. De acordo com Seligman (2004), a noção <strong>de</strong> bom caráter era comum no século<br />
XIX, pois, nessa época, boa parte da insanida<strong>de</strong> era vista como <strong>de</strong>feito e <strong>de</strong>generação<br />
moral, <strong>de</strong> forma que a explicação contemporânea <strong>de</strong> que a causa do mau<br />
comportamento tem suas raízes nas condições <strong>de</strong> vida <strong>de</strong>sfavoráveis, era<br />
completamente estranha ao pensamento da época.<br />
Nesse sentido, Seligmam (2004) aponta o surgimento, já no início do século<br />
XX, das Ciências Sociais como representante <strong>de</strong> uma nova agenda científica nas<br />
gran<strong>de</strong>s universida<strong>de</strong>s americanas, “cujo objetivo era explicar o comportamento (e o<br />
mau comportamento) dos indivíduos como resultado não <strong>de</strong> seu caráter, mas <strong>de</strong><br />
po<strong>de</strong>rosas e tóxicas forças ambientais que fugiam a seu controle”(p. 147).