14.04.2013 Views

A Felicidade Revisitada: Um estudo sobre o bem-estar - Instituto de ...

A Felicidade Revisitada: Um estudo sobre o bem-estar - Instituto de ...

A Felicidade Revisitada: Um estudo sobre o bem-estar - Instituto de ...

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

1.1.2. A <strong>Felicida<strong>de</strong></strong> Humana<br />

35<br />

1.1.2. A <strong>Felicida<strong>de</strong></strong> Humana<br />

“Toda gente, meu irmão Gallion,<br />

<strong>de</strong>seja uma vida feliz; mas quando se<br />

trata <strong>de</strong> ver claramente aquilo que a<br />

torna assim, é a confusão total”<br />

Sêneca, 262 a.C<br />

“... e toda dor vem do <strong>de</strong>sejo <strong>de</strong><br />

não sentirmos dor”.<br />

Renato Russo, 1990<br />

Talvez não seja exagero imaginarmos que a busca pela felicida<strong>de</strong> tenha sido a<br />

gran<strong>de</strong> mola propulsora a conduzir a espécie humana em sua trajetória pelo mundo.<br />

Da invenção da roda à clonagem humana, apenas uma coisa se manteve atual: o<br />

<strong>de</strong>sejo por uma vida melhor. De qualquer forma, conforme atesta a Filosofia, a<br />

preocupação humana com a felicida<strong>de</strong> é bastante antiga. Aristóteles que viveu <strong>de</strong> 384<br />

a 322 a.C., acreditava na felicida<strong>de</strong> como objetivo <strong>de</strong> todo homem, o qual só seria<br />

atingido através do exercício das virtu<strong>de</strong>s, em sintonia com a vida em socieda<strong>de</strong><br />

(Aristóteles, Ética a Nicômaco, 1987). Arrancando o homem do arbítrio dos <strong>de</strong>uses e<br />

do fatalismo das leis naturais, Epicuro (341 a 270 a.C.) afirma que lhe é possível levar<br />

uma existência feliz através da recusa dos excessos, medos e compromissos que<br />

po<strong>de</strong>m levar a sofrimentos inúteis (Epicuro, Carta <strong>sobre</strong> a <strong>Felicida<strong>de</strong></strong>, 1994). Sêneca<br />

(ano 2 a.C. a 65 d.C.) observando sua socieda<strong>de</strong> bastante infeliz, recusava-a como<br />

padrão <strong>de</strong> referência, dizendo que para ser feliz, a primeira coisa que o indivíduo<br />

<strong>de</strong>veria fazer seria recusar-se seguir a multidão (Sêneca, Da vida feliz, 1997).<br />

1.1.2. A <strong>Felicida<strong>de</strong></strong> Humana

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!