A Felicidade Revisitada: Um estudo sobre o bem-estar - Instituto de ...
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1.1. A Psicologia Positiva<br />
Ainda <strong>de</strong> acordo com este autor, o amor (portanto, uma emoção positiva) se faz tanto<br />
mais necessário quanto mais complexas forem as socieda<strong>de</strong>s.<br />
... a história dos insetos sociais se inicia quando as fêmeas<br />
tratam seus ovos como companhia legítima numa relação <strong>de</strong><br />
aceitação mútua, e se constitui com a formação <strong>de</strong> uma<br />
linhagem na qual essa relação <strong>de</strong> interações <strong>de</strong> aceitação<br />
mútua se conserva como modo <strong>de</strong> viver, e se amplia às<br />
larvas e adultos (p.26).<br />
Nesse sentido, e como conseqüência do legado <strong>de</strong> complexida<strong>de</strong> <strong>de</strong>ixado pela<br />
Revolução da Informação, o <strong>de</strong>senvolvimento <strong>de</strong> pesquisas em Psicologia Positiva<br />
talvez se torne uma questão <strong>de</strong> <strong>sobre</strong>vivência. É preciso que temas como virtu<strong>de</strong>,<br />
caráter e felicida<strong>de</strong> humana sejam discutidos <strong>de</strong> forma secular, produzindo um<br />
conhecimento capaz <strong>de</strong> transpor os portais das igrejas e a superficialida<strong>de</strong> dos<br />
manuais <strong>de</strong> auto-ajuda, <strong>de</strong> forma a que todos possam crer – aqui e agora – na sua<br />
existência.<br />
Isto posto, po<strong>de</strong>mos retomar a questão do “dogma imprestável”, que, conforme<br />
já dissemos, refere-se a uma tendência <strong>de</strong> o olhar psicológico consi<strong>de</strong>rar como<br />
autênticas apenas as emoções negativas. Sheldon & King (2001) corroboram essa<br />
idéia, dizendo que, ao observarem alguém ajudando uma pessoa estranha, é comum<br />
que os psicólogos rapidamente encontrem um benefício egoísta no ato, relutantes em<br />
reconhecer a existência do altruísmo. Martin Seligman, que foi presi<strong>de</strong>nte da American<br />
Psychological Association, acrescenta, ainda, que, para que uma análise psicológica<br />
seja aca<strong>de</strong>micamente respeitável, “a bonda<strong>de</strong> tem <strong>de</strong> <strong>estar</strong> assentada <strong>sobre</strong> um<br />
motivo oculto e negativo” (2004, p.13). Deixando <strong>de</strong> lado o juízo <strong>de</strong> valor<br />
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