A Felicidade Revisitada: Um estudo sobre o bem-estar - Instituto de ...
A Felicidade Revisitada: Um estudo sobre o bem-estar - Instituto de ...
A Felicidade Revisitada: Um estudo sobre o bem-estar - Instituto de ...
Create successful ePaper yourself
Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.
2. Locus <strong>de</strong> Controle<br />
75<br />
2. Locus <strong>de</strong> Controle<br />
Embora não neguemos a influência dos eventos externos nos níveis <strong>de</strong><br />
felicida<strong>de</strong> do indivíduo, concordamos com Lyubomirsky (2001) que, ao estudar a<br />
felicida<strong>de</strong> humana, <strong>de</strong>staca a importância dos múltiplos processos cognitivos e<br />
motivacionais que mo<strong>de</strong>ram o impacto que o ambiente externo é capaz <strong>de</strong> exercer no<br />
<strong>bem</strong>-<strong>estar</strong> subjetivo. Assim como Csikszentmihalyi (1999) partimos da premissa <strong>de</strong><br />
que, sendo a felicida<strong>de</strong> um estado mental, as pessoas <strong>de</strong>veriam ser capazes <strong>de</strong><br />
controlá-la cognitivamente, o que justifica nosso interesse <strong>de</strong> obter uma maior<br />
compreensão acerca <strong>de</strong> <strong>de</strong>terminadas características individuais, <strong>de</strong>ntre as quais,<br />
mais especificamente, locus <strong>de</strong> controle, que porventura possam <strong>estar</strong><br />
correlacionadas à felicida<strong>de</strong>.<br />
Para uma melhor compreensão acerca do conceito <strong>de</strong> locus <strong>de</strong> controle, faz-se<br />
necessária a explicação <strong>de</strong> um conceito mais amplo, o qual chamamos <strong>de</strong> controle<br />
percebido. De acordo com Thompson (2002), controle percebido é, em linhas gerais, a<br />
concepção <strong>de</strong> um indivíduo <strong>de</strong> que ele dispõe <strong>de</strong> meios para obter os resultados que<br />
almeja, evitando aqueles os quais não <strong>de</strong>seja. Para esta mesma autora (2002) o<br />
controle percebido envolve duas dimensões distintas: locus <strong>de</strong> controle e auto<br />
eficácia. O conceito <strong>de</strong> auto-eficácia foi formalizado por Bandura (1977) e correspon<strong>de</strong><br />
à crença <strong>de</strong> um indivíduo <strong>de</strong> que ele próprio possui habilida<strong>de</strong> para conduzir as ações<br />
necessárias a fim <strong>de</strong> atingir os resultados que <strong>de</strong>seja.<br />
Locus <strong>de</strong> controle, por sua vez, trata-se <strong>de</strong> um constructo, introduzido na<br />
literatura psicológica a partir da década <strong>de</strong> sessenta, que preten<strong>de</strong> explicar a<br />
percepção do indivíduo a respeito <strong>de</strong> sua fonte <strong>de</strong> controle, po<strong>de</strong>ndo ser, esta última,