A Felicidade Revisitada: Um estudo sobre o bem-estar - Instituto de ...
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1.1.2. A <strong>Felicida<strong>de</strong></strong> Humana<br />
Contudo, preferimos, assim como Diener, Lucas &Oishi (2002) falar em <strong>bem</strong>-<br />
<strong>estar</strong> subjetivo momentâneo e <strong>de</strong> longo-prazo para diferenciar os momentos <strong>de</strong><br />
felicida<strong>de</strong> episódicos dos níveis mais constantes <strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> que se po<strong>de</strong><br />
experimentar.<br />
Seligman (2004) afirma que o <strong>bem</strong>-<strong>estar</strong> subjetivo momentâneo – o qual chama<br />
<strong>de</strong> felicida<strong>de</strong> momentânea - po<strong>de</strong> ser facilmente aumentado através <strong>de</strong> artifícios<br />
simples como “chocolate, uma comédia <strong>de</strong> cinema, uma massagem nas costas, um<br />
cumprimento, flores ou uma roupa nova” (p. 61). Da forma como são <strong>de</strong>scritos, tais<br />
artifícios se mostram intimamente ligados ao prazer e talvez seja exatamente por isso<br />
que eles se mostram tão pouco eficientes na promoção do <strong>bem</strong>-<strong>estar</strong> <strong>de</strong> longo prazo,<br />
conforme explicaremos melhor no capítulo seguinte.<br />
Embora seja difícil prever o quão feliz um indivíduo será num dado momento,<br />
quando tiramos uma média das emoções em várias situações diferentes, padrões<br />
estáveis <strong>de</strong> diferenças individuais aparecem (Diener, Lucas &Oishi, 2002). Através <strong>de</strong><br />
uma pesquisa que investigava a estabilida<strong>de</strong> temporal das emoções em diferentes<br />
contextos, Diener e Larsen (1984) <strong>de</strong>scobriram que, na amostra estudada, os níveis<br />
médios <strong>de</strong> prazer experienciado nas situações <strong>de</strong> trabalho apresentaram uma<br />
correlação <strong>de</strong> .74 com os níveis médios <strong>de</strong> prazer experienciados em situações <strong>de</strong><br />
recreação; da mesma forma como os níveis médios <strong>de</strong> satisfação com a vida em<br />
situações sociais correlacionaram-se em .92 com a média <strong>de</strong> satisfação com a vida<br />
quando os sujeitos se encontravam sozinhos.<br />
Além disso Magnus & Diener (1991 apud Diener, Lucas &Oishi, 2002) através<br />
<strong>de</strong> um <strong>estudo</strong> longitudinal, encontraram uma correlação <strong>de</strong> .58 entre medidas <strong>de</strong><br />
satisfação com a vida num intervalo <strong>de</strong> quatro anos.<br />
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