A Felicidade Revisitada: Um estudo sobre o bem-estar - Instituto de ...
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2. Locus <strong>de</strong> Controle<br />
No entanto, além da concepção caracterológica do conceito <strong>de</strong> locus <strong>de</strong><br />
controle há outras idéias falsas que o cercam. Fournier & Jeanrie (2003), afirmam que,<br />
<strong>de</strong> fato, o locus <strong>de</strong> controle tem sido freqüente e intrinsecamente consi<strong>de</strong>rado tanto<br />
positivo (se interno) quanto negativo (se externo). Segundo essas mesmas autoras a<br />
visão maniqueísta do locus <strong>de</strong> controle, <strong>bem</strong> como a glorificação da internalida<strong>de</strong>,<br />
suscitaram muitos <strong>de</strong>bates acerca da natureza <strong>de</strong>sse constructo, seu caráter<br />
unidimensional, sua generalida<strong>de</strong> e sua vulnerabilida<strong>de</strong> às normas sociais<br />
dominantes.<br />
Rotter (1975) também foi um crítico em relação às concepções equivocadas<br />
que cercam o conceito <strong>de</strong> locus <strong>de</strong> controle. Numa <strong>de</strong>ssas críticas, disse que os<br />
pesquisadores não consi<strong>de</strong>ram o valor do reforço como uma variável separada, capaz<br />
<strong>de</strong> provocar um viés na interpretação dos resultados. Nesse sentido, se uma pessoa<br />
atribui um baixo valor ao reforço, ela po<strong>de</strong> obter um alto índice <strong>de</strong> internalida<strong>de</strong> e,<br />
mesmo assim, continuar <strong>de</strong>monstrando uma atitu<strong>de</strong> e um comportamento passivos,<br />
geralmente associados à externalida<strong>de</strong> (Fournier & Jeanrie, 2003). Da mesma forma,<br />
se um alto valor é atribuído ao reforço, uma pessoa que obtém um alto índice <strong>de</strong><br />
externalida<strong>de</strong> talvez trabalhe energicamente para atingir um objetivo (comportamento<br />
normalmente associado à internalida<strong>de</strong>) simplesmente para <strong>estar</strong> <strong>de</strong> acordo com um<br />
<strong>de</strong>terminado grupo social (I<strong>de</strong>m, 2003).<br />
Rotter (1975) também é um crítico em relação ao que chamou <strong>de</strong> hiper-<br />
simplificação do conceito <strong>de</strong> locus <strong>de</strong> controle, o que acabou tendo como<br />
conseqüência o fato <strong>de</strong> a internalida<strong>de</strong> ser invariavelmente associada a elementos<br />
positivos e a externalida<strong>de</strong> a elementos negativos.<br />
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