15.04.2013 Views

4º volume - União Neo-Teosófica

4º volume - União Neo-Teosófica

4º volume - União Neo-Teosófica

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

Jakob Lorber<br />

102<br />

tal e bem sabíamos que os vizinhos semeavam! Não acharias justo a existência<br />

duma lei que punisse tal delito e os obrigasse a trabalhar, e que<br />

fosse devolvido teu estoque? Eis a exigência da lógica!<br />

5. Se consideras teus princípios matemáticos como os melhores do<br />

mundo, faze uma caminhada de algumas léguas em direção ao Oeste,<br />

onde encontrarás, nas imensas regiões montanhosas, uma quantidade de<br />

terras sem dono. Lá poderás tornar-te proprietário e ninguém porá obstáculos.<br />

Podes até mesmo levar algumas mulheres e empregados, organizando,<br />

naquelas regiões longínquas, um próprio domínio, e não serás<br />

molestado nem daqui a mil anos. Somente alguns ursos, lobos e hienas<br />

terás de liquidar, pois poderiam perturbar o teu merecido sono. Deste<br />

modo, ao menos conhecerás as dificuldades sem par com que os proprietários<br />

terão de lutar, até que o solo seja trazido ao atual estado de progresso.<br />

Com tais experiências, também compreenderás a injustiça de tirar<br />

a posse dos ricos, a fim de entregá-la aos ladrões e infratores.<br />

6. Como nunca foste amigo do trabalho e de favores, arrogaste o<br />

direito de roubar despercebidamente! Compraste somente o campo de<br />

duas fangas, com o casebre; isto, porém, com o dinheiro que desviaste,<br />

em Sparta, dum comerciante rico. Naquela cidade o furto era permitido,<br />

quando feito com esperteza. Há muitos anos, porém, existem lá, as mesmas<br />

leis de proteção à propriedade, de sorte que tua atitude não deixa de<br />

ser um roubo. O restante de teus bens, apanhaste em Cesaréia Philippi e<br />

seus arrabaldes!<br />

7. Ai daquele, entretanto, que te tirasse algum objeto; ensinar-lhe-ias<br />

teus direitos qual esbirro romano! Ou teria sido de teu agrado se outro<br />

viesse colher os frutos de teu campo apenas por ser pobre? Portanto: aquilo<br />

que não achas justo para ti, também não o é para o teu próximo! Sendo a<br />

situação conforme te expus, consideras ainda teus princípios como únicos<br />

e indiscutíveis?!” Zorel queda perplexo, convicto de sua derrota.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!