15.04.2013 Views

4º volume - União Neo-Teosófica

4º volume - União Neo-Teosófica

4º volume - União Neo-Teosófica

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

69. ZOREL, O MATRICIDA<br />

O Grande Evangelho de João – Volume IV<br />

1. Diz João: “– No início, eras tal qual eu te falei; mas a respeito das<br />

moças que pretendes ter apenas seduzido, proferiste u’a mentira! Somente<br />

a última foi tratada menos brutalmente, porquanto tuas forças se estavam<br />

esgotando! Podes negar isto?! Calas-te de pavor! A moléstia contagiosa,<br />

precipitadora de suas mortes, foi por ti transmitida! Este capítulo<br />

está encerrado; passemos a outro!<br />

2. Aquilo que ainda pesa na tua consciência, não se prende à tua<br />

vontade; todavia, existe o ato e seu efeito! Por isso, o homem nunca deve<br />

agir levado pela raiva, porquanto suas conseqüências seguem as ações,<br />

como a sombra acompanha a criatura. Lembras-te, que mormente tua<br />

mãe – pessoa compreensiva – te advertia de tuas atitudes e amizades<br />

perversas, e qual tua reação?”<br />

3. Diz Zorel: “– Ó deuses! Tenho uma fraca lembrança, sem contudo<br />

poder precisar o fato! Sei, que jamais cometi um crime premeditadamente;<br />

se me deixei arrastar pela ira, tenho disto tanta culpa, quanto um<br />

tigre por ser um animal selvagem!”<br />

4. Diz João: “– Isto discutiremos mais tarde; naquela ocasião pegaste<br />

duma pedra arremessando-a contra tua genitora e atingiste-a na cabeça.<br />

Desacordada, ela tombou! Tu, porém, ao invés de socorrê-la, apanhaste<br />

as mencionadas libras de ouro e fugiste para cá, num navio de piratas,<br />

tornando-te corsário por vários anos, época na qual começaste o tráfico<br />

de escravas. Pouco tempo depois, tua mãe faleceu em virtude do ferimento<br />

e desgostosa por tua causa. Desse modo, ainda te pesa na consciência<br />

o matricídio praticado, e coroando todos esses crimes, acompanhate<br />

tremenda maldição de teu pai e demais irmãos! Acabo, assim, de te<br />

revelar por completo; que me dizes como homem inteligente?”<br />

5. Conclui Zorel: “– Que poderia alegar? Não posso desfazer o que<br />

fiz e a tardia compreensão do meu passado criminoso, de nada adianta!<br />

O arrependimento e a melhor boa vontade em querer reparar um dano,<br />

seriam tão ridículos como pretender-se fazer voltar o dia que passou!<br />

111

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!