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Psicologia e Diversidade Sexual - CRP sp

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78<br />

Travestis, transexuais e<br />

transgêneros:<br />

novas imagens e expressões da<br />

subjetividade<br />

Wiliam Siqueira Peres<br />

Psicólogo, Professor do Departamento de <strong>Psicologia</strong> Clínica, da Faculdade de Ciências e Letras de Assis, da Universidade<br />

Estadual Paulista (Une<strong>sp</strong>), Líder do GEPS/CNPq – Grupo de Estudos e Pesquisas sobre as <strong>Sexual</strong>idades. Tem estudado<br />

a <strong>Psicologia</strong> das Diferenças, orientado pelos Estudos de Gêneros e <strong>Sexual</strong>idades, dialogando com a Esquizoanálise e<br />

Estudos Queer, voltados para Estratégia Saúde da Família e à população Travesti Brasileira. Entre as últimas publicações<br />

destaca-se a co-autoria dos livros Subjetividad y Contexto: matar a la muerte (2009), pela Editora Madres de Plaza de<br />

Mayo – Argentina e <strong>Diversidade</strong> <strong>Sexual</strong> na Educação: problematizações sobre a homofobia nas escolas (2009), pelo<br />

Ministério da Educação do Brasil.<br />

Lívia Gonsalves Toledo<br />

Psicóloga, Membro do GEPS/CNPq – Grupo de Estudos e Pesquisas sobre as <strong>Sexual</strong>idades, Mestre em <strong>Psicologia</strong> e<br />

Doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em <strong>Psicologia</strong> pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita<br />

Filho” – FCL de Assis-SP.<br />

A emergência da visibilidade de novas identidades<br />

sexuais e de gêneros na contemporaneidade<br />

tem provocado um grande “cisma” nos discursos<br />

e referências que norteiam os padrões sociais,<br />

políticos e culturais, bem como de conceituação<br />

teórica e científica. Trata-se de uma reversão do<br />

platonismo que desestrutura as lógicas binárias e<br />

de referências que se orientam pela biomedicina<br />

e fundamentação essencialista.<br />

Uma verdadeira sopa de letrinhas, como já foi<br />

apontado por Regina Facchini (2005), tais como<br />

LGBTTT – lésbicas, gays, bissexuais, travestis,<br />

transexuais e transgêneros – embaralha os códigos<br />

de inteligibilidade e apavora os viciados em<br />

identidades e desejosos de normas. Uma sigla que<br />

ganha sentido e se insere na agenda internacional<br />

de defesa dos direitos sexuais e humanos, agre-<br />

gando outras letras de acordo com as demandas<br />

da organização social e política de cada país, que<br />

pede reconhecimento e emancipação para suas<br />

diversidades, como é o caso da inclusão da letra<br />

“i”, para intersexo, ou ainda da letra “q”, para a<br />

expressão “queer”.<br />

Neste recorte que apresentamos vamos nos<br />

limitar a problematizar as letras “TTT”, que nos<br />

remetem às expressões sexuais, de gêneros e<br />

existenciais das chamadas travestis, transexuais<br />

e transgêneros.<br />

Embora possamos associar a generificação do<br />

feminino que se materializa nos corpos construídos<br />

por uma cadeia de delineamentos presentes<br />

no di<strong>sp</strong>ositivo, apresentado por Gilles Deleuze<br />

(1989) como sendo um emaranhado de linhas e<br />

por uma complexidade de fatores que participam

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