pequeno dicionário - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba
pequeno dicionário - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba
pequeno dicionário - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
voluntário <strong>da</strong> guerra do Paraguai. O seu<br />
gesto foi sau<strong>da</strong>do com um poema do amigo<br />
Castro Alves: “Partes, amigo, do teu antro<br />
de águias”. Ao voltar <strong>da</strong> guerra, onde<br />
passou dois anos, voltou sua pena contra a<br />
direção <strong>da</strong> campanha. Também retoma os<br />
estudos de Direito e bacharela-se em 1867.<br />
Assinou o manifesto republicano em 1870 e<br />
passa a dedicar-se à magistratura e mais<br />
profissionalmente ao jornalismo.<br />
Em 1880, morre a sua esposa, deixando-lhe<br />
os três filhos <strong>pequeno</strong>s: Tomaz, João e Luís.<br />
Sua maior válvula de escape, então, se dá<br />
através do jornalismo. Só a partir de 1884,<br />
contudo, Maciel decide se dedicar, de corpo<br />
e alma, à re<strong>da</strong>ção de artigos para o Jornal do<br />
Recife e A Tribuna, através dos quais defende<br />
os ideais abolicionistas de liber<strong>da</strong>de e<br />
igual<strong>da</strong>de. Nesse segundo jornal, inclusive,<br />
no dia 13 de maio de 1888, é possível<br />
identificar as matérias assina<strong>da</strong>s por Maciel<br />
Pinheiro, Joaquim Nabuco e José Mariano.<br />
Maciel Pinheiro foi eleito para ocupar a<br />
cadeira número 22 <strong>da</strong> Academia<br />
Pernambucana de Letras. Participa <strong>da</strong><br />
direção do jornal A Província e, com José<br />
Mariano, cria o jornal O Norte, <strong>da</strong>ndo<br />
continui<strong>da</strong>de à luta em prol do<br />
abolicionismo e dos direitos humanos.<br />
Foi promotor público <strong>da</strong> ci<strong>da</strong>de de Santo<br />
Antonio <strong>da</strong> Patrulha, no RS, juiz substituto<br />
em Recife, juiz de direito em Imperatriz, no<br />
118<br />
Ceará e de Taquaretinga e Timbaúba, em<br />
Pernambuco. Fundou, com o teatrólogo<br />
Martins Junior, o periódico O Norte. Dirigiu<br />
os jornais A Província e o Jornal do Recife,<br />
ambos de Pernambuco. Maciel Pinheiro<br />
sobressaiu-se como jornalista. Em 1º de<br />
junho de 1889, juntamente com Martins<br />
Júnior, fundou O Norte, jornal que circulou<br />
até 12 de novembro desse ano, tornando-se<br />
o mais eficiente meio de divulgação <strong>da</strong><br />
campanha republicana. Por ironia, morreu<br />
três dias antes <strong>da</strong> proclamação <strong>da</strong> república,<br />
no Recife, na rua <strong>da</strong> Aurora, devido à<br />
malária adquiri<strong>da</strong> durante a guerra do<br />
Paraguai. O abolicionista Joaquim Nabuco,<br />
admirador do jornalista escreve sobre ele as<br />
seguintes palavras: “Em to<strong>da</strong> a imprensa,<br />
não há ninguém cuja pena corte como uma<br />
espa<strong>da</strong> afia<strong>da</strong>, como a dele; não há outro<br />
que seja ao mesmo tempo o escritor<br />
ardente, o magistrado inflexível e o sol<strong>da</strong>do<br />
patriota que ele é. Em Maciel Pinheiro, o<br />
jornalista é o homem”. Publicou o livro<br />
Reforma eleitoral. Re<strong>da</strong>tora: SFPB<br />
Referências:<br />
CASTRO, Oscar Oliveira. Vultos <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>.<br />
Rio de Janeiro: Imprensa Nacional, 1955.<br />
VAINSENCHER, Semira Adler. “Praça<br />
Maciel Pinheiro” In<br />
http://www.fun<strong>da</strong>j.gov.br/<br />
http://www2.aplpb.com.br/academicos/ca<br />
deira22.htm