pequeno dicionário - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba
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com extraordinário sucesso de crítica e<br />
público.<br />
Sobre seu teatro, Paulo Vieira reconhece a<br />
quali<strong>da</strong>de e tendências expressionistas. No<br />
que diz respeito a Rogério, sua obra prima,<br />
“o tema é a revolução. Outro indicador de<br />
sua moderni<strong>da</strong>de, pois aparenta tomar<br />
como referência à revolução soviética de<br />
outubro de 1917”. Segundo Paulo Vieira,<br />
“por este ponto de vista, torna-se ain<strong>da</strong><br />
mais espantosa a contemporanei<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />
obra, pois líder de uma revolução popular,<br />
Rogério, após a vitória, torna-se um cruel e<br />
desumano ditador, assassino e temível<br />
déspota. Em 1920, quando Orris Soares<br />
escreveu o seu texto, Stalin ain<strong>da</strong> não havia<br />
assumido o comando <strong>da</strong> U. R. S. S. e, muito<br />
menos, <strong>da</strong>do início aos expurgos que<br />
eliminaram líderes influentes e<br />
revolucionários de primeira hora. Assim<br />
como Ernst Toller em suas peças, a<br />
burguesia e, por conseqüência, o governo,<br />
ou o poder em to<strong>da</strong>s as suas instâncias, são<br />
uma e semelhante coisa”. Sua produção<br />
inclui além <strong>da</strong>s obras teatrais, biografia e<br />
<strong>dicionário</strong>s: A barreira. <strong>Paraíba</strong>, 1917; A<br />
Cisma. Rio de Janeiro, 1915; Rogério: drama<br />
em 3 atos; Pedro Américo(1920); Dicionário de<br />
Filosofia. Rio de Janeiro; INL, V. 1,1952 e<br />
V.2, 1968. Em 1985 o Governo do Estado<br />
<strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> publica seu teatro completo.<br />
Re<strong>da</strong>tora: SFPB<br />
136<br />
Referências:<br />
ALMEIDA, Horácio. Contribuição para uma<br />
bibliografia paraibana. João Pessoa: A União,<br />
1994.<br />
SANTOS, Idelette Muzart Fonseca dos.<br />
Dicionário Literário <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong>. João Pessoa: A<br />
União, 1994.<br />
VIEIRA, Paulo. “Orris Soares, um<br />
inovador”. In: Agulha. Revista de Cultura #<br />
36 Fortaleza, São Paulo - outubro de 2003.<br />
Disponível em<br />
http://www.revista.agulha.nom.br/ag36soa<br />
res.htm.<br />
SOUZA, Braz Florentino Henriques de<br />
– (* 1825, João Pessoa-PB – + 1870, São<br />
Luís-MA). Bacharel em Direito pela<br />
Facul<strong>da</strong>de de Olin<strong>da</strong>, turma de 1849, onde<br />
se doutorou em 1851. Foi professor <strong>da</strong><br />
Facul<strong>da</strong>de de Direito de Recife, integrante<br />
do partido conservador. Exerceu o<br />
jornalismo no Diário de Pernambuco. Político<br />
vinculado ao Partido Conservador.<br />
Professor <strong>da</strong> Facul<strong>da</strong>de de Direito do<br />
Recife. Publicou os livros Casamento Civil e o<br />
Casamento Religioso e Do Poder Moderador:<br />
ensaio de Direito Constitucional, este publicado<br />
pela Typographia Universal do Recife, em<br />
1864. Escolhido pelo Imperador D. Pedro<br />
II, integrou a comissão de juristas que<br />
elaborou parecer sobre o projeto do Código<br />
Civil, de autoria do mestre Teixeira de<br />
Freitas. Presidente <strong>da</strong> Província do<br />
Maranhão, falecendo ali, prematuramente<br />
aos 45 anos, quando designado para<br />
idêntica função em Minas Gerais. Em 2003,