pequeno dicionário - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba
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J<br />
JOFFILY, Irineu Ceciliano Pereira –<br />
(*15.12.1843, Pocinhos-PB - + 7.02.1902,<br />
Campina Grande-PB). Filho de José Luís<br />
Pereira <strong>da</strong> Costa e D. Isabel Americana de<br />
Barros. Com o desejo de ver ao menos um<br />
dos seus filhos com estudo, o sr. José Luiz<br />
enviou Irineu, em torno dos 12 anos de<br />
i<strong>da</strong>de, para estu<strong>da</strong>r no famoso colégio do<br />
Padre Rolim, em Cajazeiras. De Pocinhos<br />
até o colégio, no sertão paraibano, Irineu ia<br />
a cavalo, sendo conduzido pelo vaqueiro de<br />
confiança de seu pai, o Manoel do Brabo.<br />
Essa longa jorna<strong>da</strong> de oito dias influenciou<br />
anos mais tarde o seu interesse pelo sertão,<br />
sendo revela<strong>da</strong>s nas suas crônicas<br />
publica<strong>da</strong>s nos jornais.<br />
O pendor para o jornalismo ocorreu<br />
quando cursava a Facul<strong>da</strong>de de Direito do<br />
Recife, um dos mais antigos e tradicionais<br />
estabelecimentos do ensino superior no<br />
Brasil, a qual foi cria<strong>da</strong> em 15 de maio de<br />
1828, em Olin<strong>da</strong>. O ingresso de Joffily<br />
nessa Facul<strong>da</strong>de se deu em 1862, quando<br />
tinha apenas dezoito anos, tendo como<br />
companheiro de estudos Maciel Pinheiro,<br />
Tobias Barreto, Rui Barbosa, João<br />
Barbalho. Durante a época em que estudou<br />
76<br />
no Recife estava em voga mu<strong>da</strong>r de nome.<br />
Assim, com vinte anos de i<strong>da</strong>de, Irineu<br />
Ceciliano Pereira <strong>da</strong> Costa, nome de<br />
batismo, passou a ser conhecido por Irineu<br />
Ceciliano Pereira Joffily. O jornal Diário de<br />
Pernambuco, de 7 de março de 1864 divulgou<br />
a mu<strong>da</strong>nça de nome do paraibano.<br />
No último ano do seu curso, em 1866,<br />
Joffily fundou o jornal Acadêmico Paraibano,<br />
de caráter estu<strong>da</strong>ntil, no qual deteve a sua<br />
atenção para as questões locais. Três artigos<br />
que foram publicados nesse periódico sob a<br />
sua rubrica ilustram o seu interesse nativista;<br />
tais como “Os limites <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> com<br />
Pernambuco”, de agosto de 1866,<br />
“Necessi<strong>da</strong>de <strong>da</strong> criação de um bispado na<br />
<strong>Paraíba</strong>”, entre agosto e setembro, e “Barra<br />
de Mamanguape e navegação atual do rio<br />
deste nome”, de 11 de setembro de 1866.<br />
Esse interesse de Joffily ficou também<br />
explícito em dois artigos escritos por ele em<br />
épocas distintas. O primeiro está em<br />
Despertador: jornal político, literário e noticiador,<br />
periódico campinense, de 13 de maio de<br />
1870, quando escreveu um artigo que<br />
defendia a construção <strong>da</strong> ferrovia entre o<br />
Porto de Cabedelo até Campina Grande; e o<br />
segundo em Mercantil, periódico paraibano,<br />
de 17 de dezembro de 1883, Joffily aponta<br />
18 proprie<strong>da</strong>des de algodão, evidenciando a<br />
importância de se construir a ferrovia. O<br />
seu interesse pela valorização <strong>da</strong> <strong>Paraíba</strong> o