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pequeno dicionário - CCHLA - Universidade Federal da Paraíba

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United” e o “Red Croos” realizado entre os<br />

anos de 1923 e 1924, porém, seus filmes<br />

não se limitavam ao esporte. Podemos citar:<br />

um flagrante <strong>da</strong> chega<strong>da</strong> do recém-eleito<br />

presidente João Suassuna à Ci<strong>da</strong>de <strong>da</strong><br />

Parahyba, em 1924; os filmes sobre a <strong>da</strong>nça<br />

de coco, e ain<strong>da</strong> o “Reminiscência de 30”.<br />

Segundo Wills Leal (2007) esses “filmes-<br />

jornais” tiveram pouco tempo de duração.<br />

Cerca de 20 filmes foram lançados por<br />

Walfredo, durante os aproxima<strong>da</strong>mente,<br />

três anos de produção. Isto se deve ao fato<br />

de que os filmes-jornais não eram<br />

lucrativos, já que o material para sua<br />

produção era custoso e precisava ser<br />

adquirido na ci<strong>da</strong>de de Recife, o que<br />

encarecia ain<strong>da</strong> mais o processo. Portanto,<br />

os filmes-jornais deixaram de ser realizados.<br />

Diante <strong>da</strong> não lucrativi<strong>da</strong>de dos filmes-<br />

jornais, Walfredo passa a produzir filmes<br />

mais longos, divididos em três partes, que<br />

totalizavam ao final, cerca de 80 minutos de<br />

duração, como por exemplo, o “Carnaval<br />

Paraibano e Pernambucano”, de 1923, que<br />

chegou a ser exibido na ci<strong>da</strong>de do Rio de<br />

Janeiro, no Cine Pathé. Este filme pode ser<br />

considerado um documentário jornalístico,<br />

pois tratava de mostrar as várias faces do<br />

carnaval paraibano e pernambucano,<br />

partindo dos blocos formados pelos<br />

integrantes <strong>da</strong> elite <strong>da</strong> época, como o<br />

“Aluga-se um coração”, até os blocos dos<br />

126<br />

Índios, constituído pela população em geral<br />

e ain<strong>da</strong> o bloco “Filopanças”, título que se<br />

refere à própria organização do bloco,<br />

posto que o mesmo saía às ruas, de casa em<br />

casa.<br />

Em segui<strong>da</strong>, no ano de 1924, Walfredo<br />

inicia as filmagens de “Sob o céu<br />

Nordestino”, momento em que era diretor e<br />

proprietário <strong>da</strong> “Empresa Nordeste Filme”.<br />

Como paraibano, e profundo admirador de<br />

sua terra e apaixonado por sua riqueza<br />

cultural Walfredo pretendia, através desse<br />

filme, mostrar ao país que o nordeste não<br />

era apenas seca, ou miséria, para poder<br />

contestar o que os seus colegas de trabalho<br />

<strong>da</strong> “<strong>Federal</strong> Filmes” do Rio de Janeiro<br />

diziam sobre a <strong>Paraíba</strong> não ter na<strong>da</strong><br />

civilizado, e que os índios atacavam as<br />

pessoas na ci<strong>da</strong>de. Portanto, em 1928, seu<br />

sonho é concretizado, e “Sob o céu<br />

Nordestino”, é finalizado, com<br />

aproxima<strong>da</strong>mente duas horas de projeção.<br />

Mais um filme de caráter documentário,<br />

sendo sete partes com esta característica, e<br />

uma parte fictícia, a primeira delas,<br />

considera<strong>da</strong> pelos autores paraibanos que<br />

analisaram a obra, como um prólogo-ficção,<br />

no qual o autor demonstra a nossa<br />

formação histórica. Concluído, o filme foi<br />

exibido em várias ci<strong>da</strong>des do estado e em<br />

outros estados nordestinos, como a Bahia e<br />

o Rio de Janeiro. Posteriormente foi levado

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